Given | Pelo bem da banda

sentimentos

Ritsuka Uenoyama finalmente compreendeu seus sentimentos pelo garoto dócil, introvertido e calmo da sala ao lado que carregava uma guitarra para todos os lados, mas mesmo assim se sentia inseguro pra se declarar

Na lanchonete onde os membros da banda costumavam se encontrar, Uenoyama e Akihiko esperam a chegada dos outros dois. O baterista Akihiko observava Ritsuka sentado a sua frente tentando decifrar o que se passava em sua mente, pois o mesmo olhava pro lado de fora da janela parecendo ignorar todos ao seu redor, parecendo estar com a cabeça nas nuvens

— Ei Uenoyama! — Akihiko jogou uma batata frita nele tentando lhe chamar a atenção

— Hum? — Uenoyama resmungou sem se dar ao trabalho de olhar para ele

— No que você tanto pensa?

— Em muitas coisas

— E uma dessas coisas é sobre o... Mafuyu

— Porque acha isso?— Pela primeira vez Ritsuka olha pra ele

— Você tinha me dito que gostava dele. Porque você não é sincero e fala logo o que sente 

— Não é tão fácil

— Como não

— Mafuyu pode não sentir o mesmo. Ele pode se afastar e isso seria ruim pra  banda

— Tem razão, mas também pode não ser assim. Você pode se declarar pra ele ai vocês começam a namorar, então teremos ótimas músicas pra fazer nossa banda decolar — Akihiko disse sorrindo

Nesse momento chega Mafuyu Satou e Haruki Nakayama

— O que vai fazer nossa banda decolar?—Haruki perguntou curioso enquanto sentava ao lado de Akihiko

— Não é nada! não é nada! — Uenoyama disse nervoso

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— Hoje nós não temos ensaio da banda, Mafuyu. Porquê você trouxe a guitarra?—Haruki perguntou

— Faz parte de mim — O garoto simplesmente respondeu enquanto abraçava o instrumento

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Akihiko acabou por ficar bêbado e  Haruki Nakayama se voluntariou pra leva-lo para casa no seu carro. Enquanto isso os outros dois se despediam na calçada

— Você tem certeza que não quer que eu te acompanhe até a sua casa?— Uenoyama perguntou

— Não obrigado. Eu sei me cuidar. Boa noite, Uenoyama-kun. — Mafuyu disse e começou a se afastar

Parado enquanto via o garoto andar para longe agarrado a guitarra, Uenoyama não podia deixar de sentir ciúmes daquele instrumento que Mafuyu cuidava com tanto zelo

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— Vamos pra sua casa — Akihiko falou quase dormindo encostado no banco do carro

— A sua fica mais perto, Aki

— Eu quero ficar com você

Haruki não acreditada nas palavras que ouviu saindo da boca do cara que gostava. De surpresa e contentamento quase não conseguia prestar atenção na estrada. Ao chegar em frente a casa do baterista, Haruki apoiou o braço do sonolento e bêbado Akihiko nos seus ombros e o guiou até a porta de entrada e foi surpreendido ao ver a porta se abrir e um charmoso homem alto, magro de olhos penetrantes e cabelos escuros aparecer

— Ele está bêbado de novo — O homem disse calmamente se referindo a Akihiko

— Hã... é... Quem é você e o que tá fazendo na casa do Akihiko? — Haruki perguntou com uma pitada de ciúme e desconfiança

— Sou Murata Ugetsu

— O famoso violinista. O que faz aqui?

— Eu moro aqui — Murata riu ao ver a expressão confusa do outro — Com meu namorado

— Na-Namo... — A voz de Haruki falhou. Perplexo deixou o Akihiko ali mesmo na entrada da casa nos braços do violinista e desolado voltou para o carro.