Não há nada que Jeon Jeongguk mais odeie do que aquilo que não pode ter. Jamais imaginaria que depois de uma noite seus valores seriam jogados à prova por um homem misterioso, coberto por um sorriso cínico e uma pose superior à si.
E assim, o camin...
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Jeongguk ficou sem palavras por um longo período de tempo, intercalando o olhar entre o traficante e qualquer outro canto do seu apartamento. Taehyung. Kim Taehyung. Sentiu vontade de repetir aquele nome milhões e milhões de vezes porque soava muito melhor do que "V". Combinava perfeitamente bem com ele.
Pela primeira vez sentiu que estava dando um passo importante em uma relação com outro cara; porque a ideia de conhecer melhor o traficante era instigante e agora que estava ganhando pouco a pouco a confiança dele, acabou se esquecendo de todos os conselhos e broncas de Seokjin sobre aquele envolvimento tão perigoso. Se sentia ambicioso demais insatisfeito com as poucas informações que tinha sobre Taehyung, querendo explorar um pouco mais cada mínimo detalhe do seu ser.
— Vai ficar sem dizer nada, Jeongguk? — o Kim debochou relaxando a postura no sofá confortável, ao contrário dele o tatuador se encontrava em um conflito interno. Na verdade, dentro do seu peito era como o exato momento que o relógio marca meia-noite e os fogos de ano novo começam a estourar colorindo a imensidão do céu. — É só um nome. Está satisfeito agora? Pode parar de usar o argumento que não sabe meu nome.
— Eu só... não esperei que você fosse dizer assim de repente. — declarou quase como um muxoxo desviando o olhar, constrangido demais para falar algo. — Então... Kim Taehyung?
— É tão estranho ouvir alguém me chamar assim. — uma risada soprada escapou dos lábios de Taehyung que continuava encarando atentamente o tatuador. — Não vai dizer nada, Jeon Jeongguk?
— É um belo nome para gemer. — estalou a língua no céu da boca, disfarçando sua falta de reação, conseguia sentir que o traficante sabia que isso era apenas uma bela máscara. — Brincadeirinha, com fundo de verdade, mas brincadeira. Eu só não sei bem... o que dizer.
— Então não diga nada, Jeongguk. — o corpo de Taehyung se ergueu do sofá e em passos tão lentos até o encontro do tatuador, ainda estático. — Apenas saia comigo. — mesmo que o tatuador quisesse levar aquele pedido na brincadeira, a expressão séria que formou-se no rosto simétrico do Kim após o convite deixava ainda mais explícito o que ele tanto queria, pela primeira vez. Taehyung queria sair com Jeongguk. — Você não vai arrancar muita coisa de mim agora, então se quiser me conhecer melhor... vamos só... sair juntos.
Jeongguk reconheceu que o traficante nunca foi um livro aberto ou o tipo de cara que sabe sentar e te contar tudo sobre si, não podia exigir isso de alguém que ainda estava conhecendo. Não queria se esquecer do dia que foderam no estúdio como dois animais e muito menos das besteiras que já pensou e disse quando estava na presença daquele homem, mas por enquanto, ainda eram quase desconhecidos.
Se arrumou de uma forma um tanto despojada no sofá, olhando-o com um sorrisinho de canto, seu coração batia de maneira desnecessariamente rápida, apoiou o cotovelo no encosto do móvel deixando que o silêncio fosse uma maneira de o instigar a saber a resposta. Quer dizer, não era difícil saber que ele iria aceitar, mas ainda sim, gostava da maneira que o traficante parecia minimamente nervoso ao observá-lo naquele momento.
