Capítulo 3: Allan

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° Visão de Allan:

Eu fico um pouco desconfortável com pergunta que clara me faz, mas decido contar a ela logo! Mais cedo ou mais tarde ela sabera, entao decido contar logo.

Acho que já está na hora de você saber a verdade- digo dando uma pausa e respirando fundo- eu sou um garoto de programa – Fala de vez

- Não entendi. – Pergunto confusa

- Eu sou um garoto de programa. – Allan repete

- O que? Voccê é um garoto de programa? Porque só está me falando isso agora. – Pergunta sem acreditar

- Isso mesmo, demorei para te contar porque fiquei com medo, faz tanto tempo que nós nos vimos, aí decidir esconder isso. – Allan responde

- Allan, eu não vou te julgar seja qual for o seu motivo para isso, sou sua amiga e estou aqui para você poder contar comigo para tudo. – Digo á ele

- Por isso estou te contando, somos amigos não podemos esconder as coisas um do outro, me desculpe Clarinha. – Ele fala

- Não precisa se desculpar, eu sou sua amiga e estou aqui, você pode contar comigo para tudo! - Falo

- Obrigada Clarinha, amo você e você pode contar comigo também. – Ele responde todo sorridente

- Mas, e aí vai me falar ou não o motivo para você ter virado um garoto de programa. - Pergunto curiosa

- Vou te contar... – Allan fala

° Visão de Allan:

5 anos atrás:

Eu estou com tantos problemas financeiros, pois meus pais me expulsaram de casa depois que me assumi.

Flashback on:

- Pai, mãe... Tenho algo pra contar a vocês! - digo a meus pais que estavam tomando café da manhã.

- Diga meu filho- diz minha mãe carinhosa como sempre. Espero que continue assim- penso

- Então- começo a dizer- eu sou pansexual- falo direito

Meus pais me encaram

- O que é isso? - meu pai questiona.

- Significa que me apaixono por uma pessoa e não pelo seu gênero ou aparência- digo a eles que me encaram

- Saia de casa- meu pai diz simples e eu o encaro.

- Pai? Não pode fazer isso, sou seu filho! - digo querendo já chorar.

- Não, eu não tenho filho- diz e começo a chorar.

- Mãe? - ela me encara como se não me conhecesse.

- Vai...- ela fala e subo pro meu quarto para pegar minhas roupas e pertences.

- Assim que chego à sala meu "pai" me encara e vê minha mala.

- Você não levará nada, me dê isso- diz já pegando a mala da minha mão.

- Pai, por favor, não faça isso comigo...- digo e me ajoelho aos seus pés.

- Vai embora- diz abrindo a porta da sala.

Minha mãe só encara a cena. Levanto, seco minhas lágrimas e prometo fazê-los se arrepender de fazer isso comigo!

Flashback off:

Agora estou na casa de Clara, seus pais não estão aqui, ela tem me ajudado, mas seus pais não a deixam chegar mais perto de mim depois que os meus contaram sobre minha sexualidade.

- O que eu faço Clarinha? - pergunto enquanto choro no colo dela.

- Oh meu anjo, seu soubesse eu diria, mas essa situação é muito difícil pra eu tentar fazer algo! - diz triste.

- Mas eu vou fazer eles se arrependerem, anote o que digo! - digo convicto.

Depois de alguns dias na rua, estava com fome até que um homem bem vestido me chama para tomar um café. Como estava com muita fome resolvi ir.

- Então, está gostoso? - questiona, me vendo comer um pedaço de bolo com um cappuccino.

- Está ótimo, obrigado! - digo sorrindo.

- Ele me encara sério e então diz.

- Tenho uma proposta a lhe fazer- diz assim que terminei de comer.

- Que proposta? - questiono estranhando seu tom de voz.

- Notei que mora na rua, certo? - pergunta e confirmo depois de um tempo pensando se responderia ou não- então, eu tenho uma casa de show, onde lindos meninos, assim como você se apresentam. - diz

- Apresentam oque? - pergunto um pouco incomodado com o rumo daquela conversa.

- Eles dançam seminus em um palco- me surpreendo e nego a proposta já me levantando da mesa- tem certeza que prefere ficar na rua com o risco de ser estuprado ou até morto? - pergunta com a sobrancelha erguida.

- Penso no que ele diz e me sento novamente.

- Quanto vocês pagam? - pergunto

- 500 por noite- diz sorrindo ao notar que fiquei surpreso.

- 500 por noite? - pergunto só pra ter certeza se ouvi direito e ele afirma com a cabeça- só dançar né?!- pergunto e ele sorri.

- Claro- diz com um sorriso de lado

Então decido aceitar sem saber que ali começaria um verdadeiro inferno em minha vida.

After The Storm: Dangerous Love -(Romance Lésbico)Where stories live. Discover now