- Irei viver Allan, só que neste momento estou decepcionada com tudo isso. Mas, eu podia ter pensando que ela é hetero. Mas o meu gaydar apitou tanto com ela... – Falo com o semblante triste.
- Clarinha, tu é gay é? Ela aparenta ser sapata sim, mas não é, infelizmente, você tem que seguir em frente e acabou. Você e Kelly não vai acontecer! Supera por favor. – Ele fala me abraçando de lado.
- Verdade, você está certo Allan! Tenho que superar esse crush. – Falo levantando.
- Calma aí, vamos stalkear ela. Tô curioso agora Clarinha sobre essa mulher aí. – Ele fala me segurando.
Sento novamente ao lado de Allan e começo stalkear minha professora, ela é tão linda nas fotos, mas pessoalmente é muito mais.
- Ela tem poucas fotos com o marido né? O filho dela é lindo. Eles devem ser bem felizes. – Comento.
- Não gostei nada desse marido dela, o cara não sorrir para nenhuma foto. Credo! – Allan fala.
- Concordo com você! Ele não me parece uma boa pessoa, mas quem sou eu para julgar uma pessoa por foto? – Falo.
- Verdade, sabe de uma coisa? – Allan fala.
- O que, Allan? – O pergunto.
- Vamos stalkear o maridão da teacher então. – Ele sugere.
- Ok então – Respondo.
Fomos no Instagram do cara, ele se chama Octavio Swan, pelas fotos que vimos que ele é um empresário renomado da cidade. Na sua bio diz que é conservador, cristão e de família tradicional.
- Já sei que ele é um homofóbico só pela ''família tradicional''. Clara, foge, porque pode dar problema para ti. Como sua professora casou com isso?
- Allan, não podemos julgar uma pessoa por fotos e bios. Mas em um ponto eu concordo com você, tem a possibilidade dele ser um homofóbico.
- Me deixa, Clarinha. Mas enfim, foge dessa mulher pelo amor! – Allan me alerta mais uma vez.
- Com certeza né, ainda depois disso. Ela é casada e hetero. Tô fora disso!
- Muito bem Clarinha, gosto assim! Hahahaha – Allan só sabe rir.
- Vamos parar de stalkear, vamos fazer outra coisa, sugere algo? – Pego meu celular e coloco em cima da mesinha.
- Vamos assistir um filme, como nos velhos tempos? – Allan sugere.
- Certo, tem que ser de terror né? – Pergunto rindo para ele.
- Você só pensa em terror em Ana Clara? – Allan fala fingindo irritação.
- Claro, melhor gênero! – Falo.
- Tá bom, vossa majestade! Iremos assistir filme de terror – Allan responde.
- Obrigada meu súdito – Falo rindo.
- De nada! Vamos assistir O chamado. – Allan fala sorrindo.
O Chamado é um dos filmes de terror que eu mais tenho medo e ele escolhe logo esse, aff.
- Você tá brincando né? Sabe que eu morro de medo desse filme e escolhe logo ele! – Falo indignada.
- Você que escolheu terror, agora aguente! – Ele fala rindo.
- Droga Allan, você é muito malvado. – Digo dando um tapinha nele.
- Sou ariano meu amor, aguente! – Ele fala debochando da minha situação.
- Não aff, coloca logo essa bosta, só espera eu pegar o terço ali por favor. – Falo implorando.
- Deixa de ser medrosa Clara, é só um filme. Chega de conversa! Vamos assistir sua boba. – Ele fala rindo.
- Que Deus me ajude... – Falo com as mãos no meu rosto.
Só que antes deixa eu preparar uma pipoca e suco para a gente, você sabe que isso é essencial nas nossas sessões de filmes né. – Falo.
- Verdade Clarinha, estava me esquecendo desses detalhes. Que saudade de quando a gente era criança e fazia sempre nossas sessões de filmes com direitos a muito pipoca e suco. – Ele concorda comigo cheio de brilho nos olhos.
- Nostalgia 100% agora, dá muita saudade desse tempo... – Falo com o tom de saudade na voz.
- Mas agora podemos reviver esses tempos de ouro várias vezes, e isso que importar. – Diz determinado.
- Com certeza, sabe o que seria bom agora? Um belo cachorro quente que sua mãe fazia, Allan. – Digo lembrando dos velhos momentos.
- Verdade, mas como só tem nos dois aqui, e nenhum de nós sabe preparar aquele molho maravilhoso, só nos resta contentar com a pipoca e o suco. – Respondo.
- Realmente, vou lá fazer a pipoca e você faz o suco. – Falo indo à cozinha.
- Tá ok, Ana Clara – Ele sorri e me segue.
Ao longo do filme fui tomando cada susto que achava que o meu coração iria sair da minha boca a qualquer momento. Estava tão concentrada no filme, e levo um susto enorme ao escutar um barulho na porta. Aquele susto semelhante do Chaves quando a bruxa do 71 entrou na casa do Seu Madruga vendo ele a Chiquinha assistindo filme de terror escondido.
Olho para o lado e vejo Allan morrendo de rir do meu susto, pego uma almofada e jogo nele e vou atender quem está batendo na minha porta. Quando abro a porta e vejo aquela pessoa tomo outro susto 100 vezes pior que o de minutos atrás.
- Olá Ana Clara, pensou que ia se livrar de mim tão fácil assim?
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After The Storm: Dangerous Love -(Romance Lésbico)
RomanceComo posso definir a minha vida? Todos esses anos que enfrentei com bastante dificuldade e sofrimento. Abandonei a escola, meu trabalho e minha família para viver com uma pessoa que só me fez mal. Com ajuda do meu amigo Allan estou tentando recomeça...