The dream?

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         Olhei novamente meu relógio de pulso. Onze e quarenta. Droga,só tinha se passado cinco minutos que eu estava naquele ponto de ônibus. Não havia ninguém naquele breu, e eu já estava ficando desesperado para voltar para casa.   

        Maldita hora que fiquei a tarde toda na biblioteca procurando algum livro que me servisse de inspiração. O pior que era do outro lado da cidade. E nada. Bufo. Bufo novamente.

       —Você parece nervoso.

       Droga. Que susto,nem vi o homem se aproximar. Olhei de volta com a melhor cara fechada que eu tinha,para intimida-lo,apesar do meu rosto parecer bem nervoso e nada ameaçador.

        —Calma,não sou nenhum delinquente !

        Se afastou um pouco. Não dava para ver seu rosto claramente devido a luz do poste era bem fraca. Olhei ao redor fingindo não me importar com sua presença, amarrando meu cachecol tenso, no fundo,só queria correr dali.

     —O cachecol cai bem em você.     
_O homem começou a tagarelar.

     —É comigo?_ olhei incerto.

      —Só tem eu e você aqui. E bom,não estou usando cachecol.

        —Está frio!_ Corre Jimin da tempo. 

        —Não está mais aqui quem falou._Encostou se no poste.

        Me virei pra implicar com o estranho,e logo a visto o ônibus. Ate que enfim. Meia noite em ponto. Dei uma olhada,e o rapaz não estava mais lá. Senti o vento gelado no meu rosto,e fui embora,esquecendo toda aquela situação.

 
        
         Acendo as luzes da casa,jogo minhas coisas no sofá de  qualquer jeito e sigo pra cozinha. Fazia quanto tempo que não comprava comida de verdade?Eu  estava vivendo a base de macarrão instantâneo a meses. O dinheiro que eu recebia do serviço de entrega era pouco e o que sobrava mal dava pra pagar as contas. Sorte a minha o dono do restaurante sempre me dar alguns miojos.

      Deitei exausto. Meus olhos estavam pesados, me virei de um lado para o outro sem conseguir dormi. Depois de minutos não lembro de pegar no sono. De manhã acordei com aquela sensação de dormi com olhos abertos de tanto cansaço.

      Novamente a mesma rotina,levantar,ir fazer algumas entregas de bicicleta para o senhor Ben. Receber uns trocados pela minha eficiência. E mesmo assim era pouco para meu sustento.               

        Em dois anos,minhas tardes se resumia assim, e lá estava eu novamente na biblioteca da cidade,procurando livros. Precisando de inspiração e novas histórias para publicar um livro que decidirá meu futuro. Na verdade, as economia que meu pai me mandava eu investia em publicar um livro. Talvez futuramente eu serei um escritor rico e famoso. Esse era meu sonho e acreditava nisso.                 

        Meu romance não tinha  passado da primeira folha. Nada original passava pela minha cabeça ,um completamente nada. Será que meu pai tinha razão. Todos esses anos e esse não era me dom? Vários rascunhos desnecessário?Passei as mãos nos cabelos, frustado. Inspirando fundo.    
              
                     
         —Não dá droga!   

         —Você parece exausto. Me pergunto se você comeu algo saudável?

         Aquela mesma voz. Olhei o homem sentando a minha frente da mesa com os braços cruzados sobre os joelhos pensativo. Agora vendo melhor ele e bem vestido tem um cabelo bem alinhado   castanho, olhos marcantes, e um ar bem sereno. Não parecia uma ameaça e sim bonito.

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⏰ Última atualização: Apr 13, 2020 ⏰

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