Eros & Ártemis

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Ártemis estava serena em seu sono porém sentiu a presença de alguém em seu quarto, sorrateiramente pegou sua faca de caça sem que o seu observador percebece e esperou ele se aproximar.
Sentiu a respiração quente dele perto de seu rosto e no mesmo instante o afastou com a faca.
Só ouviu o gemido sofrido dele e o viu segurar o braço, ela tinha conseguido fazer um ferimento artificial nele.
Ascendeu as luzes de seu quarto e viu Eros tentando se esconder atrás da cortina.
- O que faz aqui filho de Afrodite? - indagou.
- Desculpe Ártemis. - disse ele saindo de trás de seu "esconderijo" com um sorriso amarelo. - Não resisti e vim te admirar.
- Não deveria ser o contrário? - disse a deusa da lua.
- O que quer dizer com isso? - indagou o deus da paixão com um sorriso sedutor e Ártemis corou, se tocando do que disse. - Você iria me admirar se eu não estivesse aqui?
Ártemis corou ainda mais.
- Não é que... geralmente as mulheres que te adimiram e não o contrário. - disse a morena.
Eros a olhou e não pôde conter seu riso.
- Fora do meu quarto Eros. - disse ela o empurrando.
A deusa encostou o outro na porta, porém seus braços estavam presos a camisa fina dele e seus olhos presos em seu peitoral. Ela não conseguia abrir a porta, por mais que quisesse.
O mundo deles parou completamente quando Eros envolveu a cintura dela com os braços.
Eles não conseguiam falar, estavam presos aquele momento.
- Sabe que eu te amo Ártemis.. então por que me afasta? - indagou Eros.
- Eu... eu tenho medo de... de amar. - sussurrou a deusa da caça, porém ele ouviu. - Eu jurei que seria uma mulher casta para sempre.
- Mas jurou pelo Rio Estige? - perguntou o loiro levantando a cabeça dela pelo queixo gentilmente.
- Não. - disse Ártemis e Eros sorriu.
- Então... eu posso? - disse roçando os lábios na bochecha avermelhada dela.
- Pode. - disse a morena.
Eros não queria ir rápido com aquilo, sabia que Ártemis era uma mulher difícil, e era exatamente isso que ele amava nela. A deusa não era uma tola apaixonada como a maioria das mortais e deusas que ele encantou e foi encantado, Ártemis era completamente diferente.
Então ele a beijou, sentindo o gosto de amoras na boca dela. A deusa passou as mãos pelos cachos dourados dele, os bagunçando, nunca pensou que o gosto de Eros fosse de maçãs. Aquilo na verdade nunca havia passado pela sua cabeça.
Eros a pegou no colo mas sem parar o beijo e a sentou sobre seu colo.
Para eles nada mais importava, só queriam um ao outro, só isso.
- Eu... te amo... Eros. - disse a deusa.
- Eu te amo Ártemis. - disse cupido.
Eles se deitaram na cama abraçados e Ártemis encarou o quem sabe parceiro.
- Nunca pensei que estaria apaixonada por você Eros, ou Cupido. O que você prefere? - perguntou  Ártemis divertida.
- Sinceramente? - perguntou e ela assentiu sorrindo. - Eu prefiro meu amor.
Ártemis começou a rir e jogou o travesseiro em Eros.
A noite é uma criança, não é isso que dizem? A deles foi repleta de carinhos, palavras de afeto e trocas de beijos.

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