Desde de já percebe-se dois extremos sobre o pensamento da existência(lê-se pensar sobre a significância de estar vivo), o extremo mais leve, e digo leve por não impedir a vivência diária, é o de não pensar, enquanto a segunda é de só pensar.
Extremo número um
Do não pensar
Não pensar sobre a existência é alienar-se da existência, presos aos costumes diários tradicionais de nosso costume não pensamos sobre o significado e por vezes ficamos apáticos ao que está ao nosso redor. Perceba que só descrevo, este tipo já foi descrito e abordado por diversos escritores e filósofos, logo não irei alongar-me neste tópico. Mas fique ciente de que este tipo é o exato oposto daquele que descreverei a seguir.
Extremo número dois
Do só pensar
Não querendo mexer com aquilo que não conheço, mas este é exatamente o comportamento que os deprimidos descrevem. É aquele que tem, pela razão que for, uma crise existencial e começa a realmente se questionar sobre o porquê da existência.
Ficar na cama pensando, pra que serve se levantar? Pra quê eu vou sair daqui?, são as descrições que aparecem, pois não há razão nessa existência e, acima disso, uma coragem extrema de não agir. O homem comum só levanta pois tem que levantar, se levanta, banha-se, trabalha, vive e age, pois é o que deve ser feito, não há questionamento nesse espaço de tempo e quando o há ele continua a agir por ter que agir. O depressivo parece ter uma coragem sobre-humana para deixar a vida passar, perdendo prazos e deixando de pagar as contas do mês, parte dos que não vêem sentido em viver continua, por covardia(mas uma covardia necessária para que se continue existindo[com sentido ou sem]). Desculpe-me a divagação, mas o ponto é que a persona descrita aqui só tem o pensamento enquanto a persona passada não tem o pensamento.
Aonde isso nos leva?
A priori até nenhum lugar(até porquê minha intenção principal é só a divagação e propagação de tudo[ou pelo menos de alguma parte] que eu penso, não só meu pensamento sobre tópicos em específico, mas sobre meu pensamento "filosófico"[uso aspas pois são quase sofismas{não no sentido de se preocuparam com discurso em si, mas de ser algo que tem sentido jocoso quando se fala em filosofia. É quase um xingamento{embora, na minha opinião, os sofistas não estavam completamente, pois, ao final de tudo, o discurso é de extrema importância no convencimento{temos de exemplo a política}}}] num aspecto geral), mas perceba você que de tudo pode-se exprimir um aprendizado.
Algo perceptível na vida é que todos os extremos são péssimos. Para os cristãos, lembrem-se do caminho para o céu que a Bíblia descreve como tendo valas dos lados. Aqueles que não forem cristãos pensem no que buda falou do caminho do meio, nem comer muito, nem comer nada. Aqueles ateus extremistas ou aqueles que não querem exemplos religiosos e gostaria de um foco especial na realidade, pensem em qualquer coisa que qualquer revista de saúde já escreveu, ou então lembrem-se do caso da mulher que morreu de "overdose" de água. Acho que todos entendem aonde eu estou querendo chegar.
Deve existir uma mediação entre ter o pensamento e não ter o pensamento, algo como "às 7 eu trabalho e às 18 eu penso sobre a existência".
O sentido da existência
Ele existe?
Depende, estamos falando num aspecto individual ou coletivo?
No aspecto individual a vida existe, mas o coletivo não tem vida. Entenda que, para mim, vida é a existência com um sentido, qualquer um pode existir facilmente, já viver...
Entenda que o aspecto individual é real pois ele é pessoal, é algo que faz sentido pra você (entenda como alcançar os objetivos se quiser), é uma coisa que se pode olhar e dizer, "é pra isso que eu existo" "eu vivo pra isso", algo como ter uma vida boa, uma família, uma casa, não necessariamente isto, mas coisas como essas são invejáveis por muitos(mas não tem problema algum querer outras coisas, ou isso e ainda mais).
Não é que o aspecto coletivo seja totalmente impossível, mas é realmente muito difícil que aconteça pois diversas pessoas devem viver pela mesma razão e, além disso, viver um conjunto para que tornem-se um coletivo.
Agradeço o seu tempo.
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Coisas Chatas Pra Ninguém Ler
Non-FictionEstá exposta minha opinião pessoal, que é mutável. Qualquer um que, por ventura, quiser debater chame no privado. Peço que não leiam, é chato e deprimente em sua maioria.