Todos os idiomas naturais têm seus problemas.
Vamos partir dessa premissa: todas as línguas têm algum problema.
Esse problema pode ser para mais ou para menos(entenda que falo de sentido, pois em alguns momentos pode ser que o idioma careça de "explicações" ou que de muitas).
O indonésio não difere "ele" e "ela" (ambos são "dia"), ao mesmo passo em que suas palavras simplesmente não têm plural. A língua inglesa não diferencia ser de estar e só possui o artigo "the" que é usado para tudo. O alemão falha no uso dos gêneros, não só seu gênero neutro não é usado para aquilo que não tem gênero (visto que menina [Mädchen] é neutro, mesmo que o objeto real seja feminino [perceba que mesmo com razões gramaticais, ele carece do uso do objeto real para a qualificação]) como para que saibamos o gênero de um substantivo temos que tê-lo na memória. E além de tudo isso há algo que, senão todas, grande parte das linguagens carece, uma diferenciação entre nós, eu e você e nós, eu e ele (uma diferença entre nós, eu e ele e nós, eu e eles não seria nada ruim).O quê isso nos diz? Que devemos realizar uma mudança gramatical gradual ou imediata, ou que essas línguas devem ser extintas por não serem perfeitas? Nenhum dos dois, língua nenhuma merece extinção e nem necessita de mudança imediata que não concorde com o seu uso real. Aquilo que digo aqui é o óbvio. Devemos então, visto que todas as línguas são imperfeitas, criar artificialmente um idioma mais perto do perfeito? Sim (novamente aponto o óbvio).
Perceba, o esperanto tentou ser uma língua universal e não conseguiu (assim como outras linguagens auxiliares, não tenho problema algum com o esperanto). Existem falantes por todo o mundo, mas ninguém tem uma preocupação real em falar esperanto fluentemente.
É perceptível que os idiomas auxiliares raramente funcionam, só quando são formados de forma natural como o portunhol e o espanglês que mesmo não sendo realmente idiomas, normalmente são usados como piada, surgem da necessidade de comunicação.
Então a criação de uma linguagem assim é puramente fetiche linguístico.
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Coisas Chatas Pra Ninguém Ler
No FicciónEstá exposta minha opinião pessoal, que é mutável. Qualquer um que, por ventura, quiser debater chame no privado. Peço que não leiam, é chato e deprimente em sua maioria.