Prólogo

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A tarde chuvosa já fazia parte da vida de Pierre. Enquanto caminhava, ouvia as pequenas gotículas de água caírem sobre o seu pequeno guarda-chuva. Caminhou lentamente em direção a porta da cafeteria e a empurrou escutando o sino tocar. Cumprimentou o atendente da loja, do qual já estava tão acostumado quanto o café expresso que sempre pedia. Sentou-se em frente ao balcão e saboreou a sua costumeira bebida; ouviu o sino da porta tocar rompendo o silêncio rotineiro.
De alguma forma, Pierre havia percebido que o sino desta vez havia tocado de uma maneira cuidadosa e sutil. Curioso como era, resolveu olhar de soslaio, assim se deparando com uma linda mulher, de pele morena bem fraca, uma franjinha bem característica e um olhar penetrante que ele jamais havia visto.
Ela lhe deu um sorriso sem mostrar os dentes, e este mesmo foi retribuído por Pierre, pediu um expresso e o olhou com disfarce no olhar antes de passar mais uma vez pela porta.
Naquele momento Pierre teve a confirmação de que nunca mais veria aquela mulher de olhar inebriante novamente, mas algo em seu peito o fazia pensar ao contrário, algo em seu peito o fazia crer que talvez aquela não fosse a última vez; e assim alimentou esse sentimento durante um ano, indo todos os dias no mesmo horário em que virá a sua paixão sem nome...

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