Quatro dias
Quatro dias que tô fazendo o possível pra evitar um possível embate com meu irmão.
Quatro dias desde que ele me viu em um momento bem... íntimo.
Sei que é algo natural mas provavelmente ele vai querer conversar comigo sobre isso, explicar sobre hormônios, prevenção, mudanças e todos os tópicos clichês que os pais orientam seus filhos.
Odeio o fato de Itachi me tratar como um filho na maioria das vezes.
Não é esse tipo de tratamento que eu quero dele.
Itachi é meu irmão mais velho, e é só isso que deve ser.
Mas é só isso que eu quero que ele seja? ...
Malditos pensamentos! Itachi é meu irmão!
...Se quando eu me toco são as lembranças dele me abraçando que vem na mente? Os carinhos que eu recebia antes de envelhecer um pouco...
E eu não deveria alimentar esse tipo de ilusão
...Eu os quero de novo, mas não da forma inocente de antes.
...E sim mais intensos, mais...errados. É dessa forma que eu imagino.
Ora, o que tem de errado eu não vê-lo da forma que deveria? Ele também não me vê da forma que deveria!
Mesmo assim eu sou o mais errado da história.
Acho que se meu nii-san me tratasse como há uns 3 ou 2 anos eu já teria tentado agarrar ele a muito tempo. Não que ele não fosse mais carinhoso comigo, ele era, demais até, só que não como quando eu era criança. Agora não dormíamos nem tomávamos banho juntos, sem selinhos ou qualquer outro beijo em parte do corpo que não fosse minha bochecha ou testa e até esses eram raros. Senti falta quando ele foi parando com essas demonstrações de afeto, até porque foi no mesmo tempo que esses pensamentos errados começaram.
Itachi ter entrado no quarto justo naquela hora também não contribuiu muito pro meu autocontrole. Agora além de pensar nele, eu uso essa cena.
Ele entrando no quarto de supetão, os olhos abrindo em surpresa enquanto seu rosto adquiria uma cor avermelhada. A boca dele se contorceu em um sorrisinho, apenas um repuxar de lábios, isso era sinal de que estava constrangido. Como ele ficou lindo daquele jeito, muito mais do que o normal. Se bem que era o Itachi, então de qualquer forma a beleza dele não é, nem de longe, normal.
Só de lembrar daqueles poucos segundos já sinto meu pênis inchar. Como é possível? Foram o quê? Cinco? Seis segundos? Foi esse o tempo que o vi ( e foi mais do que o suficiente pra alimentar minha mente incestuosa).
Eu não devia ter provocado ele daquele jeito. Fiquei tão desesperado que perguntei se ele queria me ajudar. Não por querer de fato...
será mesmo que não, Sasuke?
...mas para deixá-lo mais constrangido pra sair mais rápido dali.
Depois disso estou evitando ficar sozinho com ele, e eu teria evitado por mais tempo se não tivesse sentido sede antes de ir dormir.
Quando entrei na cozinha em busca de água lá estava ele, provavelmente guardando a comida que sobrara do jantar, nosso pai já deveria ter ido pro quarto então seria só nós dois ali. Tentei dar meia volta.
- Otouto!
Tarde demais
Voltei, relutante.
Ele estava tão lindo, com os cabelos soltos e seu habitual conjunto de calça e camisa de cetim preto que usava pra dormir e que eu tanto amava ver no corpo dele pois deixava algumas partes marcadas.
Suspirei, trêmulo
- Oi, nii-san
Os olhos dele transbordavam divertimento e uma certa preocupação, ele se aproximou, colocando uma mão no meu ombro e deixando um aperto leve ali enquanto me encarava ainda.
O olhar intenso e aquele gesto quase me fizeram gemer.
-Preciso conversar com você, Sasuke
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O futuro que nunca teremos
Fanfic"...parei antes de chegar ao seu quarto por conta dos gemidos que vinham de lá. ...Ao invés de continuar, entrei no meu quarto, indo pro banheiro e sentando no chão do box. Com o chuveiro ligado e ainda vestido, deixei as gotas geladas me encharcar...