Delírio

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Ainda conseguia sentir teu calor mesclando ao meu. Ainda tua essência ocupava o ar que respirava. Ainda escutava tua risada, ricocheteando nas paredes. Ainda podia gozar do toque fantasma de tua pele à minha. Ainda podia ver teu corpo diante do meu. Ainda era capaz de observar teu rosto, esquadrinhando meu olhar.
E assim se foi a noite, sob o delírio de tua presença.
E quando Morfeu se compadeceu, teu calor se fora, teu cheiro desapareceu, tua risada silenciou, teu infindo olhar não escrutinava mais minha alma e teu corpo não tocava mais o meu, deixando o frio e a escuridão da solidão me acolher na inconsciência.

Palavras da AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora