PRÓLOGO

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Amy

Chegamos na festa, ela estava lotada a casa era enorme, era nossa primeira festa juntos como um casal de verdade já que começamos a namorar há pouco tempo depois de 2 anos apenas ficando.Blake abriu a porta do carro pra mim e me ajudou a descer.

Meu cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo, meu vestido preto colado realçava minha cintura, meus saltos estavam tão lindos que apesar do cansaço dos meus pés nem pensei em tirar eles. Olhei para o Blake, aquele lindo sorriso estampado em seu rosto, me olhando com aqueles olhos azuis tão intensos quanto a cor do céu, seus cabelos pretos ondulados mexiam com a força do vento e sua camisa polo Branca que Marcava seu peitoral. São por esses momentos que  tenho o orgulho de dizer que escolhi a pessoa certa para amar.

Entramos na casa e realmente ela estava muito cheia, o pessoal da escola veio nos parabenizar pelo nosso namoro, eles estavam tão animados com a notícia que não paravam de nos comprimentar. Blake foi buscar bebidas e me deixou conversando com Maeve, minha melhor amiga deste o ensino fundamental, ela estava me contando como foi sua viajem para o novo México e como seus pais decidiram dar um carro novo pra ela já que faltava 1 mês para o seu aniversário de 16 anos.

Enquanto conversamos uma multidão de pessoas começaram a aplaudir e  gritar, olhamos para a porta e lá estava Dylan Brown o dono da festa, por causa dele nossa escola chegou nas finais e pra comemorar ele decidiu dar a festa, já que seus pais viajavam frequentemente. Varias meninas ficavam na cola dele e Maeve era uma delas não parava de falar como ele era lindo e seria um ótimo ficante, eu não via nada de interessante nele a achava ele bem chatinho até, sou mais o meu namorado.

Blake chega com as bebidas e trás uma garrafa de vodka, falei pra ele que não era bom beber já que nem um de nós havia bebido na vida aquela séria nossa primeira vez. Ele disse pra ficar calma que ele não iria exagerar no álcool, eu recusei beber e ele já foi pondo a vodka misturando com refrigerante.

A festa estava boa, varias pessoas dançando uma música eletrônica tocando muito alta me fez ir até a pista de dança, puxei o Blake pra vir dançar comigo e ficamos igual loucos pulando e gritando no meio da sala, até que ele segura meus braços, encara meus olhos e vai descendo até meus lábios num ato brusco ele me beija e o gosto de vodka com refrigerante invade minha boca, nossas línguas começaram uma perfeita sincronia e naquele momento me senti a garota mais feliz do mundo, toda vez que ele me beija me sinto como uma corrente elétrica não sei explicar a sensação que ele me faz sentir é muito boa, foi assim desde a primeira vez que nos beijamos.

Já era quase meia noite quando me senti enjoada, devia ser o barulho que estava muito alto e bebi muito refrigerante com a barriga vazia, sai um pouco da casa e me sentei na beira da piscina, Maeve sentou comigo e ficamos conversando como seria nosso futuro e qual faculdade iríamos fazer. Até que em um momento ela foi tomar um pouco de bebida pois estava ficando com sono e segundo ela não queria dormir. Fiquei observando alguns casais dançando juntos e observei Blake sentado me encarando enquanto conversava com seus amigos, sou apaixonada pela cor azul e deve ser isso um dos principais fatores que sou apaixonada por esse menino, quando ele me olha com esses olhos sinto uma vontade de gritar de felicidade.

A festa estava muito lotada, ainda eram quase 2 da madrugada e queria ir embora, aquele barulho e o cansaço estava me matando. Percebi que Maeve e Blake havia desaparecidos, procurei pela casa toda e nada, uns amigos deles falaram que ele podia estar no porão já que lá funcionava tipo de um bar. Enquanto descia as escadas trombei sem querer em um garoto que estava cambaleando de tão bêbedo, o copo dele virou encima de mim e molhou todo o meu vestido, ele tentou se desculpar mais foi em vão, subi as escadas e entrei num corredor imenso, procurei um banheiro e achei, entrei dentro dele e tentei secar minha roupa com papel higiênico.

Enquanto saia do banheiro ouvi um gemido do quarto ao lado, aquela voz parecia familiar pra mim num impulso acabei empurrando a porta e vi Maeve chupando e beijando o Blake, os dois já estavam sem roupas e ela estava encima dele, enquanto ele massageava suas costas. Com o barulho da porta eles se assustaram e tentaram se explicar, fiquei horrorizada com a cena, e o que me deixou mais decepcionada foi o fato que eles estavam rindo da minha cara.

Desci as escadas chorando, estava tão tonta que minha visão começou a embaçar, o barulho que estava alto ficou baixo, comecei a empurrar as pessoas que estavam na minha frente e muitas delas me xingavam, estava tão arrasada que abri a porta e sai correndo pro meio da rua até ouvir um carro que freio com tudo na minha frente. O motorista gritou perguntando se eu estava ficando louca, com o susto  apenas me ajoelhei no asfalto e comecei a chorar, o cara do carro desceu e me ajudou a levantar, quando me levantei percebi que era o Dylan Brown apenas tentei me soltar dos seus braços mais estava tão fraca que me deixei levar.

Enquanto ele dirigia o carro me perguntava o que aconteceu, apenas contei que estava muito tonta e tive uma crise de ansiedade na festa, acho que ele não acreditou pois ficava me perguntando várias coisas, notei que ele não era um garoto tão chato e insuportável como achei que era, ele era legal e sabia como acalmar uma pessoa. Passei meu endereço pra ele que dirigia na maior tranquilidade do mundo e eu ficava imaginando como seria minha vida dali pra frente, meu coração estava despedaçado uma dor  inundava me peito, apenas encostei minha cabeça no vidro e chorei mais e mais.

Semanas tinham se passado depois da festa e toda noite ainda chorava pensando no Blake, ele começou a namorar a Maeve, ficou com fama de corna na escola as fofocas rolam solta naquele colégio e não sabia onde enfiar a cara. Estava sem amigos, sem namorado e pra piorar eu ficava vendo nossas conversas antigas o que me fazia chorar e soluçar mais.

Após a morte do seu patrão, meu pai virou dono de uma empresa muito grande da nossa cidade, o que fazia ele viajar todo mês, e com o aumento do salário, comecei a viajar com ele. A vida financeira da nossa família cresceu muito rápido, e fez com que eu começasse a vestir roupas mais cara e perdia todo meu tempo gastando, os shoppings viraram meu novo vício e a partir dali jurei que nunca mais sofreria de amor novamente, porquê pra mim, esse sentimento era uma bobagem.

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