The Secret Mission - Choi Beomgyu [Parte 1]

Capítulo 7

- Onde você estava? Eu fui beber água ontem a noite e não te vi mais lá, eu ia ligar pra sua mãe mas eu não tenho a senha. - me entrega meu celular e eu pego.

- Desculpa, minha mãe ligou falando pra eu voltar porque minha vó passou mal.

- Por que não me avisou?

- Eu fiquei desesperada, tão desesperada que deixei meu celular para trás.

- Todos de volta para os seus lugares - o professor fala e eu volto pro meu lugar.

(...)

- O Vulco acha mesmo que você vai se juntar a ele? Coitado - ri enquanto come sua comida.

- Quem é Vulco? - Yeonjun se aproxima junto com os outros três seres.

- Vulco é um nome estranho. - Kai comenta.

- Ninguém de tão especial. Ele..só é o líder do grupo de canto e quer que eu entre.

- Você deve cantar mal a bessa.

- Falou o cantor.

Enquanto a gente conversava eu percebi que o Beomgyu estava muito quieto. Depois de um tempo ele saiu de lá sem falar nada e eu, óbvio, vou atrás dele.

- Beomgyu? Por que você está estranho hoje?

- Hoje? Pensei que eu fosse estranho sempre - senta na arquibancada da quadra.

- Por que você sempre vem pra cá? - me sento do lado dele.

- Porque não tem quase ninguém.

- Você ainda está com raiva de mim por ter saído sem avisar?

- Sim.

- Até quando?....- ele não me responde - Beomgyu, o que eu posso fazer para você deixar essa raiva de lado e voltar a falar comigo?

- Kim, você não tem noção do tanto que eu fiquei preocupado.

- Pensei que você não me considerasse uma amiga.

- Eu não te considero.

- Então por que ficou preocupado?

- Porque se alguma coisa acontecesse com você, ia ser responsabilidade minha.

- Tá bom tá bom, desculpa. Não fica com raiva de mim por favor, eu já falei que foi por causa da minha avó.

- Tá, eu te desculpo mas ainda tô com raiva.

- Posso te fazer uma pergunta?

- Uhum.

- Ontem eu percebi que seu pai não tava em casa...

- Ele nunca tá em casa.

- Então você mora sozinho?

- Ele só vai lá quando uma mulher rejeita ele.

- E você tem que dar apoio emocional pra ele?

- Toda vez que ele sai do trabalho, ele vai pra casa de alguma mulher fazer.. aquilo. Depois que acaba ele dorme lá e no dia seguinte vai pro trabalho. Mas se a mulher o rejeitar ele vai beber e volta pra minha casa bêbado pra ficar enchendo meu saco.

- Isso deve ser uma situação bem irritante.

- Posso te falar uma coisa?

- Pode.

- Mas não é pra falar pra ninguém, tá?

- Minha boca é um túmulo.

- Quando ele chega em casa bêbado, ele ameaça me bater e até me matar.

- Por quê?

- Ele diz que eu sou um fardo pra ele e só causo problemas.

- Credo Beomgyu, então por que você continua lá?

- Por que eu prometi pra minha mãe que eu ia cuidar dele.

- Onde sua mãe está?

- Minha mãe desapareceu. Quando eu era pequeno meu pai chegava bêbado e ameaçava me bater só que minha mãe não deixava então ele batia nela na minha frente. Um dia ela foi embora mas antes de ir disse que ia procurar um lugar melhor para a gente e nunca mais voltou. Então toda vez que meu pai voltava e ela não estava lá, ele me batia. - ele percebe que eu fiquei assustada - Não precisa ficar assustada, ele não me bate mais.

- Beomgyu, eu realmente fiquei tensa agora, como que o ser humano pode ser tão ruim?

- Por isso eu não gosto de pessoas. Ou elas te machucam ou somem da sua vida.

- Você teve uma infância bem difícil, né?

- Depois de um tempo que minha mãe foi embora, meu pai contratou uma empregada, a Carla, ela não deixava ele me bater e cuidava de mim. Foi realmente minha segunda mãe.

- Agora eu fiquei triste por você. - meus olhos enchem de lágrimas mas não escorrem.

- Vem cá. - ele me abraça - Não precisa ficar assim, já passou.

- Toma - me solto do abraço e entrego um taser para ele.

- O que é isso? Guarda agora.

- É uma arma pra dar choque nas pessoas, pode ficar eu tenho outra. - ele pega a arma - Se seu pai tentar fazer qualquer coisa com você, dá um choque nele e vem pra minha casa.

- Você tem outra?

- ...Meu pai é policial. Ele me entregou isso para me proteger.

- Ahn obrigado.

- De nada.

Continua...