Capítulo Dois - novo começo (último)

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Como havia dito, Lorena chegou depois de uma hora, e eu já estava no meu êxtase. Quem a olhasse veria uma mulher com cerca de trinta anos e aparência jovem, a experiência então nem se fala. Eu gosto dela. Quando entrou em nosso quarto, eu estava sentada na minha bola de yoga, os braços apoiados na cama box, Alya, Nino e Adrien estavam ali. Pedi para que colocassem Dean Lewis pra eu me acalmar um pouco, e funcionou. Inclusive, o chá que Alya fez estava um delícia, por isso pedi que fizesse mais.

- Olha só se não é a mamãe mais barriguda que conheço. - disse e eu sorri. Quando minha barriga começou a crescer, ela apostou que Louis iria ser um garotão. E, julgando o tamanho que estou agora, pude concordar com ela.

- Nem me fale. Já está me causando dores. - ela estendeu a mão e a peguei. Soube que queria que eu me sentasse na cama. O fiz.

- Bom, agora vou ver quanto está os batimentos dele. Depois, vigiar suas contrações. Como você está tendo muitas apenas hoje, é possível que já esteja em trabalho de parto. - pegou sua bolsa, e de dentro dela tirou um medidor. Adrien apenas observava quieto.

Eu me analisava, enquanto Lorena colocava o aparelho. Era como um cinto, assim que ligou, bipou uma longa vez e depois, pude ouvir os batimentos do meu filho. Sorri feito uma boba, ouvindo seu coração que pulsava rapidamente. Olhei para adrien, que me encarava com o mesmo sorriso que deu quando disse que engravidei. Sincero. Se aproximou de mim, se ajoelhando e pegando minha mão.

- Olha, saudável ele está, e parece que ansioso também. - ela riu - Quanto tempo estão as dores agora?

- Duram cinco minutos, a cada dez. - suspirei passando a mão na testa.

- Tudo bem, então se esse intervalo diminuir te levamos para o hospital, já que as chances da bolsa romper são bem altas. Vocês já tem tudo pronto? - se levantou guardando o aparelho em sua bolsa.

- Aham, está tudo no nosso guarda roupas. - Adrien diz, e só depois percebo que faz carinho em minha mão.

- Tudo bem, daqui meia hora conversamos de novo, tenho que fazer umas ligações. - tirou o celular da bolsa e saiu do quarto. Imediatamente apertei a mão de Adrien. Ele olhou pra mim no mesmo instante.

Segurei um gemido sofrego, de novo, me ajudou a levantar e sentar na bola de yoga novamente. Vi Alya olhando para o relógio do celular.

- Vixi, de dez pulou pra sete, isso tudo em cinco horas. Me lembre de não engravidar tão cedo. - fingiu um arrepio, apesar da dor, eu ri.

- Não se acanhe, a sensação é boa apesar de tudo. - incentivei, afinal queria ter uma afilhada também.

- Desse jeito não sei nem se eu aguento. - foi aves de Nino dizer.

- Caramba, vocês são dramáticos hein. - Adrien revirou os olhos - Talvez seja uma boa voltar para o banheiro depois, já que a bolsa de água quente não resolve. - apontou com a cabeça para o objeto que estava no meio da nossa cama.

- Ok, quem sabe depois. Me sentir molhada demais parece que pesa mais ainda. - todos rimos aqui.

- Pelo menso estamos conseguindo te distrair. Então conte mais, quando vai fazer sua próxima viagem? - Alya se sentou perto de mim, Adrien sentou no chão praticamente ao meu lado. Nino continuava encostado na porta.

- Não sei, queria ir pra Madagascar depois de Louis crescer um pouco, já o Adrien quer ir pra Alemanha, de novo. - dessa vez eu que revirei os olhos.

Adrien tinha um quê pela Alemanha, já fomos pra lá umas cinco vezes depois de casados. Antes, umas duas no mínimo. Ok, era a terra natal de sua mãe, só que eu era bem mais Paris, não por ter nascido e vivido sempre aqui, apenas pelo charme que vejo ter a cidade. Sei lá, apenas amo Paris.

Nada Mais ImportaOnde histórias criam vida. Descubra agora