Matt pensava em algum jeito de evitar ser acordado esta madrugada.
Ele entendia que seu filho estava em uma fase em que tinha medo de ficar sozinho, achando que havia monstros em seu quarto, então sempre que o escutava gritar ou chorar ia acalmá-lo, mas hoje ele havia abusado na hora de beber e estava muito cansado.
– Você sabia que era sua vez. Não reclame – Sua mulher fez questão de o lembrar assim que entraram no quarto.
– Eu sei, eu sei..., mas eu acho que deveríamos conversar com ele sobre isso depois. – Ele responde. Certos pontos dessas fantasias noturnas lhe eram muito estranhos. Por que elas ocorriam sempre, e somente, nas madrugadas de sábado? – Você sabe, ele até ri agora!
Quando chegou ao quarto no fim do corredor ele já tinha uma ideia em mente.
– Filho, por favor, apenas diga para os monstros irem para casa hoje. Tudo bem? O papai ‘tá cansado e eu tenho certeza de que se você mandar eles vão obedecer.
A criança parece desanimada e pensa um pouco antes de obedecer ao pai e mandá-los embora. Logo um coro de vozes descontentes é ouvido:
– Ah, que isso, cara.
– Desmancha-prazeres!
Matt trava enquanto várias figuras aparecem por todos os cantos.
– Estragou a festa.
Roxos, verdes, azuis. Pequenos e grandes. Brilhantes! Algo cai do teto:
– Eu sabia que uma hora ia dar ruim.
