Mar

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De águas ora rasas, ora profundas.

De dimensões amplas, de estradas submersas.

Submersas de palavras, de emoções, de sensações confusas.


Cá vem um barco, nesse mar desconhecido.

Acompanhado de um marinheiro, com traços de um velho amigo.

Onde descobriste o caminho? Onde achaste o porto que para cá lhe guia, neste mar de espinho?


Mas, veja bem, ele conhece meu coração.

Suas entradas e saídas para cada dimensão.

Seja profunda, seja rasa, ele já sabe de cada intenção.


Ele é aquele que, do meu mar, fez mansão.

De sentimentos, de palavras, de comida, de colchão.

Abrigou-se em meu caos, dando luz à escuridão.


Sem olhar para o viés dos meus problemas,

Fizeste-me criar novos dilemas.

Dilemas de um ser arrependido, de uma conversa com o velho Amigo.


E esse amigo se fez um comigo.

Dos caminhos, ele é meu mapa mais antigo,

Ao mesmo tempo que, nesta navegação, Ele é o meu grande tesouro escondido.

Neste mar (des)conhecido.








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