CAPÍTULO 1

32 1 0
                                    


Estava perdida nos meus pensamentos tomando meu terceiro ou quarto copo de whisky, estar levemente bêbada seria uma benção quando o assunto é lidar com a minha família, quando o comissário de bordo chegou para me avisar que estávamos chegando em N...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Estava perdida nos meus pensamentos tomando meu terceiro ou quarto copo de whisky, estar levemente bêbada seria uma benção quando o assunto é lidar com a minha família, quando o comissário de bordo chegou para me avisar que estávamos chegando em Nova York. Durante o voo foi impossível não ficar revivendo meu passado, meu relacionamento com a minha família não era dos melhores, com exceção de Ashley, que sempre me protegeu e cuidou de mim. Katherine sempre fez questão de fazer minha vida um inferno na terra, minha mãe me amava do jeito dela, com sua pose de madame, e a Madonna da família perfeita americana, nunca consegui definir até onde os sentimentos dela são reais, e meu pai, bom, temos um relacionamento suportável, mantido na frente das câmeras, e ele nunca fez questão de ser diferente.

Durante o pouso minha cabeça rodava pensando em como seria esse reencontro, não foi nada fácil para minha mãe e meu pai quando disse que sairia de casa tão nova, e que não queria ser reconhecida como uma Carter. Foram incontáveis brigas e discussões, até que meu pai, graças a Deus, que achava que um pouco de liberdade me colocaria nos eixos, entendeu que eu precisava me descobrir e me deixou ir, no fundo eu sei que ele queria se livrar do problema que eu representava pra sua boa imagem, as imagens da nossa ultima conversa que eu tinha jogado para o fundo das minhas memórias voltaram com tudo, a medida que Nova York ia ficando mais próxima...

Flashback on

Eu estava com 16 anos, e tinha tomado a decisão de antecipar minha ida para Stanford, ir para o outro lado do país era tudo o que eu precisava para desintoxicar meu organismo, convencer meus pais não foi fácil, aliás, para eles eu não passava de uma garotinha imatura, e rebelde, que não sobreviveria 1 mês longe de casa; mas como uma futura advogada, e com dom da argumentação, consegui convencer meu pai.

O acordo que fizemos foi muito simples, ele usava de sua influência e dinheiro, juntamente com minhas notas excepcionais para me fazer entrar em Stanford antes do tempo, e continuaria me bancando e mantendo meus luxos, contanto que eu não usasse o sobrenome Carter e me manteve longe de maiores confusões que pudessem manchar o nome da família, podia ser rebelde, mas era uma rebelde inteligente demais pra sanidade do meu pai. Para mim, não poderia ser melhor, continuaria com todos os luxos de uma filhinha bilionária, com a liberdade de não ter tabloide e paparazzis registrando todos os meus deslizes a todos os momentos.

Então, lá estava a Rachel de 16 anos, não mais Carter, agora Rachel Addam, esperando para partir para a California no jatinho do meu pai, mais feliz do que nunca, voando para a liberdade, quando escuto a voz de meu pai atrás de mim:

- Espero que essa sua fuga seja o suficiente para você parar de ser essa criança, Rachel, tente crescer e quem sabe parar de me desapontar.

Flashback off

Há muito tempo não lembrava desse dia, suas palavras me machucaram como adagas em meu peito, eu sabia que não eu não era fácil, mas porra, ele é meu pai, o que custava me dar um abraço e me desejar boa sorte, não estava cobrando nem um "eu te amo", sabia que isso era pedir muito, durante as 5 horas de voo de Nova York eu chorei, chorei toda a minhas frustração e raiva, e todo o sentimento que tinha por ele, e quando posei no LAX, decidi que aquele homem podia ser meu pai, mas não teria mais meu afeto. Confesso que no começo foi difícil, principalmente deixar toda uma vida para trás, mas aos poucos eu descobri que a liberdade que não ser uma Carter me proporcionava, fazia valer a pena. Poder ir pra baladas, festas, ficar bêbada e a melhor parte, poder dormir com que eu quisesse e quando eu quisesse sem me preocupar com paparazzis e fotógrafos na porta do meu apartamento fotografando cada um que passava pela minha cama, eu era um espírito livre, que graças a uma inteligência privilegiada podia viver tudo isso e ainda ser uma das melhores alunas de Stanford.

O ImpérioOnde histórias criam vida. Descubra agora