52

4 0 0
                                    

Sinto dor, mas não estou doente. Minha respiração vai ficando ofegante como se estivesse correndo a cinco horas sem descanso, mas estou deitado. Me sinto sufocado como se houvessem cordas me amarrando da forma mais apertada, mas estou livre. Afasto todos como se a solidão fosse o melhor caminho, mas quero alguém comigo. Choro como se ainda fosse uma criança, dessa vez eu cresci. Minha perna balança incansavelmente e eu não consigo controlar, conto de um a dez repetidamente e começo a dizer comigo mesmo que tudo vai ficar bem, mas sempre piora. Coloco música calma, penso em me matar. Coloco um rock, penso em matar alguém. Coloco um rap, quero matar o presidente (isso é todos os dias). Ansiedade corrói, machuca, destrói, te joga no chão e te humilha, mas te abraça forte um abraço apertado que parece de urso... Meu fim está próximo, até a próxima.
-Luí

Textos que nunca  falaria para ninguém. Onde histórias criam vida. Descubra agora