Pov Calliope
Sem pensar duas vezes colo nossos lábios, Arizona demora uns segundos para raciocinar o que estava acontecendo, e quando se deu conta me empurrou com força fazendo nossos lábios se desconectarem e eu bater meu braço no criado mudo que tinha ali
- Aii! - esclamei de dor
Arizona olhou no fundo dos meus olhos, e eu pude perceber que os olhos dela que antes exalavam um ar de alegria e otimismo, agora estavam mais escuros exalando um ar de ódio e luxuria, ficamos com o olhar conectado por alguns segundos que pareciam horas
- O que você queria com isso? - ela fala ainda sem quebrar o contato - o que você achava que ia acontecer? Que eu ia retribuir e fuder com você aqui? - os olhos dela agora exalavam um puro ódio, se olhar matasse eu ja estaria morta umas cinco vezes - responda! - ela exclama com firmeza
É muito errado dizer que eu estava me excitando com ela me tratando daquele jeito?
- Eu não esperava nada, eu só fiz... - falei meio acanhada, poderia até estar excitada mais também estava com medo dela pular em meu pescoço
- Você acha mesmo que eu retribuiria essa sua ação de um jeito positivo?! Calliope se toca, você é uma mísera aluna, uma ninguém, e eu nunca, N U N C A, trocaria Carina por você, realmente, eu sinto pena de você - ela falava de uma forma rude que me afetava profundamente
Meus olhos se encheram de lágrimas, e eu segurava o máximo para elas não caírem, o que estava sendo muito difícil, entendo o pq dela estar brava, mais poxa, precisava ser tão cruel?!
- Sai da minha casa, sai agora, sai calada, que eu juro, que se você abrir essa boca pra falar alguma coisa, eu não responderei pela Arizona calma e passiva que você esta acostumada a lidar - ela falava com desprezo
Ela me desprezava, isso partiu meu coração em pequenos pedaços, eu virei as costas assim que ela terminou de falar e sai pela porta do quarto, na saída Carina vem de encontro a mim para abrir a porta que se encontrava trancada
- Ja vai? - ela me pergunta com um belo sorriso
- Ja sim - falo tentando esconder minha tristeza
- Outro dia venha aqui de novo, em um almoço quem sabe?
- Adoraria, outro dia marcamos - falo tentando sair dali o mais rapido possível
- Vejo que esta com pressa, não vou lhe atrapalhar outro dia conversamos
Então ela abre a porta e eu sigo atravessando a rua até chegar na minha casa, abro a porta e vou direto para meu banheiro, coloco água na banheira e ali eu fico, chorando, pq ali minhas lágrimas pareciam insignificantes, assim como eu pelo ver da Arizona
"Uma mísera aluna" "Uma ninguém" "Eu nunca, N U N C A, ficaria com você"
As palavras de Arizona ficavam em meu pensamento
- Pq elas me afetaram tanto? Será que... não! Óbvio que não, não era plausível, eu não estava gostando dela, só queria fuder com ela, e ela me ofendeu, todo mundo fica assim quando é ofendido não? - eu pensava alto
Após um bom tempo pensando em como eu iria encarar ela amanhã, o que eu ia dizer, se eu devia falar alguma coisa... eu saio da banheira com meus dedos ja enrugados, vou até meu quarto enroscada na toalha e coloco uma roupa íntima bem confortavel, e um blusão que fica até o joelho
Ia fechar a cortina para dormir quando olho pela janela e vejo Carina e Arizona na cama, deitadas agarradas, com elas trocando carícias inocentes... rapidamente fecho a cortina, é errado ficar vendo os outros pela janela? E mesmo se não fosse errado, não era bom, eu não queria ver, eu não precisava ver
Pego um de meus travesseiros, deito na cama, e agarro ele, deito abraçada com ele, chorando de novo, aquelas palavras me machucaram como uma agressão física jamais machucaria
[...]
Acordo no outro dia e vejo que meus olhos estavam inchados, bem inchados, nem a melhor maquiagem disfarçaria, me arrumo e logo saio de casa a caminho da escola, tinha garoado de madrugada, o cheiro de terra molhada se fazia presente nas ruas, não sei como, ja que a rua era só asfalto e lixo, mais tinha, e era poucas vezes que esse cheiro se fazia presente, então vou o caminho inteiro aproveitando
Mal entro na escola e sou puxada pelo braço por Arizona, ela me arrastou até sua sala
- Que merda você pensa que ta fazendo! - falo puxando meu braço da mão dela assim que entramos na sala
- Calliope, vamos conversar civilizadamente, que tal? - ela fala e se direciona para fechar a porta
- Você só pode estar brincando! Não é possível! - falo em um tom alto - o que você tem pra conversar comigo? Sou uma mísera aluna, sou uma ninguém, não é?
- Calliope não fala assim por favor - ela fala rígida mais calma ao mesmo tempo
- QUAL É A SUA?! EU FIZ MERDA EU SEI! E VOCÊ DEIXOU BEM CLARO ONTEM QUE VOCÊ NÃO QUER NEM OLHAR NA MINHA CARA, ENTÃO CALA ESSA MERDA DE BOCA, E ABRE ESSA PORRA! - Falo gritando e dou um soco na porta
- Eu vim pedir desculpas, pelo modo que agi, pelo jeito que agi, você foi uma idiota por ter feito aquilo dentro da minha casa, e eu agi errado falando aquelas coisas pra você - ela falava calma
- Não adianta você fazer merda e depois vir pedir mil desculpas, e puta merda Arizona, você não quer, eu ja entendi, agora não venha se fazer de boa samaritana e dizer que, ai eu amo minha namorada, eu não gosto de vc, bla bla bla, pq pelo o que eu to vendo, quem ta desesperada aqui é você, você me arrastou até aqui, você esta praticamente implorando meu perdão, eu não sou idiota Arizona, ou você quer, ou você não quer, se decida, ou melhor, aceite o que você ja sabe, depois você vem falar comigo, e se você realmente não quisesse nada, não estaria assim por ter me dito aquelas coisas, agora abre essa porta - falo brava
Ela não fala nada, apenas abre a porta e deixa eu sair

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My Teacher
FanfictionA história consite em uma amor proibido entre uma aluna e uma professora Calliope Iphigenia Torres: Mais conhecida como Callie, tem 16 anos, é latina, está no Brasil por uma bolsa de estudos que ganhou, mora sozinha, ela que ainda está se adaptando...