O vento sopra flores ionianas

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Observação: Quando as falas estiverem em colchetes ''[ blá blá blá ]'' quer dizer que o Aphelios ou outro boneco está usando língua de sinais, bj boa leitura.

[Atualizei a fanfic, arrumei alguns furos no roteiro dela, e reescrevi já que minha escrita estava uma bela bosta, amem, sugiro que releiam os capítulos já que mudei praticamente tudo]

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Ionia, o lar vastaya.

Extensos campos verdes e uma vegetação unicamente colorida, de tirar o fôlego, o habitat diverso de animais excepcionais tão coloridos quanto a paisagem que os compunham. Ionia, que até mesmo estando em uma espécie de Guerra Fria contra Noxus, transbordava de paz e calmaria.

Eu me recostava numa árvore enquanto traçava em linhas finas uma cópia da paisagem deslumbrante que via, preenchendo cada espaço da folha com um rabisco fiel as folhas azuis de uma grande árvore de tronco branco que se destacava em meio a vegetação verde. No momento, pensei em Alune e o quanto ela gostaria de ver isso.

Alune, minha irmã gêmea que morrera tragicamente para me proteger... Não tinha um segundo sequer que eu não sentisse remorso por isso...

- Ah Phel, é linda... - A voz me tirou do transe de supetão.

Ao meu lado, Alune se punha de pé, seu espectro acabando em uma névoa fina perto de seus pés, fazendo-a flutuar, seu cabelo branco reluzia com os raios de sol que passavam pelas árvores. Ela olhava para a árvore azul de tronco branco com os olhos brilhando de admiração.

Eu perguntaria a ela como ela sabia o que eu estava pensando, mas óbvio que era a nossa ligação de gêmeos.

- Te assustei, Phel?

Eu não havia percebido que estava com o rosto congelado pelo susto, mudei minha expressão para uma indiferença antes que ela notasse minhas emoções deprimentes e ficasse ainda mais preocupada, Alune era algo como uma ''irmã coruja''.

- [ Alguma notícia de Targon? ] - Questionei indiferente.

Alune era um fantasma, então podia se teletransportar para qualquer lugar, seja em Runeterra ou para o Templo espiritual que chamava-se Marus Omegnum, claro, herança de nossa profecia Lunari.

- Bom... Ontem foi o aniversário da mamãe... - Ela puxou assunto como quem não quer nada mas era óbvio onde ela queria chegar.

Alune rezava a Lua para que um dia eu e minha família nos déssemos bem e eu voltasse para Targon, mas aquele não era o meu lar, não mais, não desde que Alune morrera.

- [ Um dia mais próxima da morte, que seja então. ] - respondi seco, ainda com o grafite na mão, mas com o caderno de desenhos pousado em meu colo.

Ela tirou o olhar da árvore e sua admiração se tornou um olhar repreensivo dramático.

Soltei uma risada curta de sua careta.

Um som agudo nos fez voltar para a realidade a nossa volta, um tiro. Em seguida, aves em bando saíram para o sul, nauseadas pelo som estrondoso. Eu e Alune nos entreolhamos captando a mensagem clara um no olho do outro.

Quando olhei para minhas mãos, Severum, a Pistola-foice já havia sido invocada. Esse era o nosso poder, Alune me fornecia armas esculpidas em pedras da Lua, muito poderosas, invocadas do Templo Espiritual, éramos imbatíveis juntos em combate.

Guardei o caderno e grafite em meu bolso e corri na direção do som, os olhos e ouvidos atentos em qualquer movimento.

Poderia ser um abate de animal, mas era improvável por não ter animais do tipo ''caçáveis'' na região, apenas roedores pequenos ou peixes em pequenos lagos, riachos ou nascentes. Meus extintos me diziam que era algo a mais peculiar, Alune também me compreendia, compelidos pela curiosidade, fomos em busca do desenlance.

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