I. Uma situação de alta periculosidade

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Olááááá pessoas leitoras! Como vão vocês?
Sabem que dia é hoje? Isso mesmo! Hoje é o aniversário da  esposa querida sabrinavilanova! E como boa cadelinha que eu sou dessa mulher fenomenal, aqui vai a minha humilde contribuição para o seu dia. Espero que tu goste e se divirta um pouco, Angel, e eu possa fazer jus a essa flor que tu adora ♡
Então, Feliz Aniversário!

Ah, um aviso rápido: eu sei, vocês sabem o que eu vou dizer a seguir: isso era pra ser uma one, então.... viva o descontrole que gerou mais 10 capítulos! Yeeey!
Agora sim, Boa leitura!

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A algumas ruas de distância do centro movimentado de Shizuoka existe uma pequena floricultura que à primeira vista não faz nada para merecer uma segunda olhada. Com sua fachada simples em um tom verde-água e vitrine envolta por uma porção de vívidas samambaias, a loja reivindica seu espaço em meio aos enormes edifícios que parecem se espalhar cada vez mais pelo bairro. Para aqueles que se arriscam a empurrar a porta de madeira clara de entrada e escutam o tilintar agradável do sininho preso no topo, a visão do interior se prova seguir o mesmo estilo da fachada: um ambiente comum e sem grandes decorações chamativas. 

Apesar de sua simplicidade, todos aqueles que haviam frequentado o local uma vez sempre acabavam retornando para uma segunda, terceira ou até mesmo uma quarta visita. Em comum eles tinham apenas o relato de que o local lhes fazia atingir algum nível de paz e tranquilidade tão raros em meio aos dias de grande agitação das cidades. Talvez isso se devesse ao espaço aberto e perfumado pelas diversas flores que ali residiam em suas prateleiras, ou mesmo à sensação terapêutica causada pelo cuidado às plantas oferecido em aulas realizadas na pequena estufa dos fundos. Talvez fosse pela sensação de isolamento do mundo exterior e aconchego que a mobília antiga e um pouco surrada passava.

O verdadeiro motivo? Eles continuavam voltando, pois a sinceridade e os sorrisos luminosos do proprietário tinham a habilidade de reduzir o peso do estresse e aliviar corações cansados com suas palavras suaves de conforto. Midoriya Izuku era o que se podia chamar de uma alma verdadeiramente boa. Tranquilo e afável, ele atraía pessoas como o Sol tinha a capacidade de atrair planetas. Logo, não era estranho entender o motivo da pequena loja ser tão bem frequentada por aqueles que a conheciam em seu íntimo. 

Porém, no presente momento, apesar do relativo desconhecimento e de toda a tranquilidade gerada, Midoriya sentia que encontrava em uma situação de alta periculosidade.

Dez minutos já deviam ter se passado desde que ele se arriscara a olhar novamente para o canto esquerdo da loja. Gotas de suor escorriam por seu pescoço enquanto Izuku se esforçava para manter os olhos verdes fixos na vitrine da floricultura, fingindo estar profundamente absorto no fluxo de pessoas que por ali transitavam no horário de pico em busca de restaurantes para o almoço ou de um café para aguentar a carga restante do dia. 

Os minutos arrastaram-se lentamente, como se o fizessem de propósito apenas para prolongar seu sofrimento, e ele se perguntou se já seria seguro dar outra olhadela, apenas para conferir se o rapaz estranho que havia entrado em sua loja continuava a fitá-lo daquela forma intensa que vinha por ser a causa do seu nervosismo crescente. Arriscou uma espiada com o canto do olho e seus temores se confirmaram: sim, ele continuava ali, parado na mesma posição com os olhos heterocromáticos muito sérios ainda o encarando com uma intensidade desconcertante. 

Midoriya engoliu em seco.

O pior de tudo era que ele era bonito, absurdamente bonito para os padrões de seus clientes habituais que sempre apareciam à procura de flores de perdão por mais que a maioria não o merecesse. No entanto, o desconhecido não demonstrava interesse algum nos vários buquês e flores expostas nas prateleiras, apenas o encarava com aqueles olhos díspares e profundos. Ele sentiu o coração acelerar e sabia que aquele era o convite que o corpo precisava para tingir de vermelho suas bochechas.

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