Sussurros do Destino

Capítulo 1 - Transtorno em Solidão

"Dizem que quando seu destino é pra ser sozinho, você passa sua vida eternamente sozinho, mas quando é pra ser com alguém, não importa o quanto espere, ou se outros aparecem, você vai terminar sua vida com essa pessoa.

Acho que minha vida é ser sozinha."

A manhã fria e chuvosa era encantadora para Alessia, transmitia paz com a solidão que Alessia sentia, então ela sentava na janela e abraçava suas pernas, permitia sempre a refletir que aos 24 anos estaria em paz sozinha, uma música triste vinha em sua cabeça e então viajava no passado.

A faculdade estava difícil de terminar, depois de ter largado duas vezes e depois ter voltado e excluído matérias que seriam peso demais para sua mente se acumulasse. O mundo girava rápido demais em sua mente, enquanto andava no metro lotado, as vozes aleatórias eram caladas e ela olhava a janela, sentia-se um robô no meio de tantos humano ao redor.

"eu não consigo controlar minha mente, eu não consigo nem sentir mais nada, os remédios estão me matando ou me fazendo viver por osmose?"

Ela tinha um diário, mas só colocava uma frase por dia em cada folha, tinha medo de seus pensamentos, tinha medo de quem os lessem, raramente faziam textos longos, era mais fácil abandonar os diários e viver em seu imaginário.

Ela mal conseguia viver, era o que sentia. Sua mãe sempre implorava para ela terminar a faculdade e ter um emprego estável, mas na alma ela sentia que não tinha mais folego, seria depressão? Ela se questionava.

"Eu não consigo conter, quando sinto demais ou quando eu sinto mais nada"

- Conseguiu renovar sua matricula? – sua mãe questionava

- Sim, consegui.

- Que bom, espero que dessa vez termine.

Ela preferia ignorar qualquer coisa que a deixasse sua mente explosiva, pois fazia e sentia coisas que não queria, na última vez que explodiu, quis morrer, mas sentiu que alguém a chamava de longe, então viajou até um lugar que jamais tinha ido, sentiu-se louca, temia por enlouquecer de vez.

- Você só anda aos trapos com essas roupas longas de gente desleixada.

- Mãe, por favor, não começa.

- está tomando seus remédios?

Alessia sai muda para seu quarto, não aguentava já aquelas vozes na sua cabeça, não poderia aguentar as vozes reais que a intimidavam.

Ela sentia como se não fosse dali, os pensamentos depressivos voltavam novamente, todos os dias ao tentar ao menos refletir sobre a vida, mas sua mãe estava certa, os cabelos viviam amarrados, não usava mais maquiagem, suas blusas maiores que seu corpo mostrava todo o desleixo, sabia que era bonita, na adolescência fazia os meninos suspirarem, mas do nada seu mundo ficou escuro, então todo o seu espaço físico foi junto também na escuridão.