Capítulo 4 ಌ

63 24 0
                                    

(Hoje o capítulo será narrado pela Lua)

"Eu estou definitivamente apaixonada por esse garoto."

Cheguei em casa completamente exausta. Tive aula de matemática. Então, imaginem a dor de cabeça que foi ter que ouvir as perguntas sem noção da Beatriz?!

Eu não tenho paciência com gente burra. Sim, ela é burra. Fica a aula inteira conversando, quando chega perto de dar a hora do intervalo, ela vem fazer perguntas sem nexo?

Pelo menos, nisso tudo, eu também tive aula de artes.
— Uma de minhas matérias preferidas — Tivemos que fazer um poema sobre nossos pais. Eu não sabia exatamente o que escrever, aliás, eu não tenho meus pais.

"Lua, sua vez. Venha mostrar seu poema para a classe" — Eu fique meio sem saber o que fazer, eu não sou muito sociável e ter que ler para todos da sala, era um pesadelo.

"Á muito tempo atrás, eu tive uma mãe.
á muito tempo atrás, eu não soube sobre meu pai.
Queria voltar no tempo para saber o que aconteceu.
Mas hoje eu percebi, que o tempo não volta mais.
Não me importo sobre meu pai,
mas queria saber sobre minha mãe.
Porque ela nos deixou para trás?
Espero que ela saiba que meu amor por ela, não irá acabar Jamais.
Tenho minha tia. Mas, não é a mesma coisa.
Queria ter a minha mãe por perto,
Queria conhecê-la como pessoa.
As vezes penso, porque ela me deixou?
Ela não me queria, ou apenas não aguentou?
Queria à encher de beijos, lhe dar todo meu amor.
mas para minha infelicidade, apenas uma foto me restou."

Vi que a professora me olhava com um olhar de pena, eu não queria aquilo. Não queria que eles sentissem pena de mim. Assim que acabei, fui correndo me sentar em minha banca.

Ao passar do tempo, as pessoas começaram a cochichar sobre mim, seguidos de um olhar de pena. Eu simplesmente coloquei meus fones de ouvido e me apoiei sobre a mesa.

Depois disso, até que a aula passou rápido. Não quis prestar muita atenção nos poemas das pessoas. Eles n sabiam nem fazer um mísero poema idiota. Porém, prestei atenção em um garoto

Ele sim sabia rimar, ele sim sabia se expressar. Como eu nunca o notei? É difícil de explicar, mas o poema dele, mexeu comigo.

"As vezes me sinto tão só,
Mesmo com gente por perto.
Mas de que vale não se sentir só,
Se não tenho vocês por perto.
Meus pais não estão aqui quando preciso,
Então, as vezes não faz diferença ter você aqui comigo.
Me sinto em um mundo tão frio, vivendo uma desilusão.
Me sinto em um mundo tão frio, atacado pela depressão.
Insegurança é o que me resta agora.
É como se não houvesse mais escapatória.
Me afogo em lágrimas em busca da solução,
Mas sempre sinto que não há solução.
Se tivesse a chance de dizer que os amo,
Quem sabe seria diferente.
Se eles tivessem me dito EU TE AMO,
Talvez minhas dores seriam inexistente"

Sobre a minha adolescência Onde histórias criam vida. Descubra agora