Capítulo 5 ಌ

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(Hoje o capítulo será narrado pelo Diego)

(O começo será um pouco da vida do Diego)

"Por acaso isso é uma ameaça? -
Claro que não, é apenas um aviso, vê se fica esperta."

Fazia muito tempo que eu não me sentia bem assim. Eu Pensei que nunca mais me sentiria assim; Feliz, brincalhão e apaixonado.

Sentir que realmente eu tenho amigos, é incrível.

Aliás, eu perdi todos eles por causa de um relacionamento idiota.

Minha mãe conheceu a mãe da Mayra na faculdade e meu pai é amigo de infância do dela.

Elas casaram na mesma época e engravidaram na mesma época também.

Era para eu e a Mayra termos nascido no mesmo dia.
Elas até tinham marcado com o médico. Mas, eu nasci meio prematuro. Eu nasci 14/05/2004 E a Mayra 24/05/2004.

Eu e a Mayra sempre brincavamos juntos quando crianças. Mas isso levou a uma coisa que eu me arrependo amargamente de ter vivido.

Nossos pais sempre nos diziam como nós éramos fofos, lindos e perfeitos juntos. Então com 12 anos de idade, por pressão deles (e da Mayra) eu comecei a namorar com ela.

No começo era um namoro normal de criança. Andar de mãos dadas, beijinho na bochecha e etc.

No começo era legal dizer para as pessoas que eu namorava uma menina linda e legal. Mas, depois, aconteceram umas coisas estranhas, mas eu era uma criança eu não entendia muito bem.

Eu sempre fui uma criança muito doce, ingênua e sensível. O que é bem o contrário da Mayra. Ela sempre foi briguenta, fria e com uma personalidade muito forte.

Nisso, eu achei que as coisas que ela fazia, era coisa de um relacionamento normal.

A primeira de todas, foi ter me afastado de todas minhas amigas. Ela vivia dizendo que elas eram muito atiradas, que viviam dando em cima de mim, que eu era muito ingênuo para perceber isso. Eu sabia que não era verdade, eu sabia que era ciúmes bobo, mas eu não sabia que era ciúmes possessivo.

Quando eu fechei 13 anos, ela me deu um colar com a letra M. Meus amigos começaram a perguntar o que significava M. A Mayra me disse que M significava o nome dela. E que para todas as vezes que alguém perguntasse o que significava, era para eu dizer que tenho dona, e o nome dela era Mayra.

Na hora eu achei fofo, mas depois eu comecei a estranhar aquilo tudo. Mas, eu não podia fazer, nem falar nada. E se ela decidisse terminar comigo? aí que meus pais iriam achar que eu era gay mesmo.

Eu já tinha 15 anos e tinha aguentado muito os surtos da Mayra..

Mas o ápice foi no dia em que nós decidimos ir no cinema. Eu e ela marcamos de sair às 18:30, já eram 17:37 e eu ainda estava no sofá da sala. Deixei meu celular em cima da mesa e fui me arrumar. Quando eu terminei de me arrumar, a minha mãe me avisou que a Mayra já tinha chegado. Eu pedi para ela esperar, que eu tinha perdido meu celular.

Comecei a procurar meu celular pelo quarto inteiro, até  que eu me lembrei que tinha deixado ele na sala. Fui descendo as escadas, até que sinto uma dor imensa em meu olho esquerdo, algo tinha sido arremessado em mim. Quando olho para o chão, vejo meu celular todo quebrado e o sangue pingando.

Acho que eu desmaiei quando vi o sangue, porque quando eu acordei eu já estava com o olho enfaxado.

A Mayra viu que eu acordei e veio correndo me dar um beijo, eu não sabia o que tinha acontecido, então pedi uma explicação. Ela disse que eu tive que fazer uma cirurgia urgente, se não eu ficaria cego. Ela disse também para eu não me preocupar, mas, agora eu iria precisar usar óculos.

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