Capítulo 5 A decisão

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Marcos olha fixamente para Lizy sentado à sua frente, tentando decifra-la. Ela procura a todo momento desviar seu olhar, mas Marcos, com sua mão, delicadamente, traz seu rosto para perto dele, para olha-la em seus grandes olhos azuis.

Marcos: A quanto tempo está trabalhando aqui Lizy.

Lizy: Ha dois dias senhor.

Marcos: Onde você mora Lizy?

Lizy: senhor moro no orfanato Lisbon para meninas aqui mesmo na cidade. Moro lá há sete anos, desde que meus pais morreram.

Marcos: Quantos anos tem Lizy? Ela responde: dezessete senhor.

Puta que pariu! Marcos pensa e se levanta da cadeira. Vai até uma janela grande que da vista para o jardim e pensa: Caralho! O que eu fiz? Nunca me envolvi com garotas tão novas. Sempre gostei de mulheres mais velhas. O que aconteceu comigo para perder o controle assim? Imaginei ser mais velha. Só sinto em meu coração, em minha mente que preciso resolver isto. A única certeza que tenho é não quero ficar longe dela. Ela é minha! Ele se volta para ela, que está sentada no sofá, com suas mãos entrelaçadas, apertando-as, nervosa, se dirige em direção a ela e a levanta delicadamente. Da um beijo em sua face e em seus olhos e segura suas mãos delicadas, trêmulas.

Marcos: Lizy, você está bem? Ela responde que sim. Marcos continua: por favor, preciso que o que aconteceu aqui fique entre nós. Você consegue fazer isto? Ela balança a cabeça afirmando que sim. Neste momento, ele pede para que ela chame Marina e que troque seu uniforme por outro, e que se Marina perguntasse o motivo, que ela respondesse que escorregou, bateu na escada e os botões caíram, o que não deixa de ser verdade.

Lizy obedece aquele homem, que parecia dominá-la, tendo a certeza que seria dispensada em seguida.

Depois que Lizy sai, Marcos pensa em tudo o que aconteceu. Tudo foi tão rápido, tão avassalador, emoções tão fortes, que ele mesmo com aquela idade nunca tinha vivido. Nunca ficou tão louco para ficar com uma mulher como hoje. Todo o corpo dele pedia por ela. Será que isto é a química e sentimentos que ele tanto esperava? Geralmente eram as mulheres que o procuravam, insistiam para saírem com ele. Ele lembra de poucas vezes em que realmente teve interesse por uma mulher, mas nada, nunca, como hoje.

Depois de tudo o que aconteceu, ele não podia deixar ela voltar ao orfanato, não conseguia mais pensar em ficar longe dela, em que condições ela vivia, se tinha necessidade de algo, se estudava, se tinha roupas e cobertores suficientes para não passar frio...Meu Deus, estou louco!!! Preciso tomar uma decisão e tem que ser agora!

Neste momento dona Marina entra no escritório.

Desejo e obsessão (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora