I Can Feel You - Jenlisa

this is what make us girls

jennie's pov.

Uma coisa que nunca contei é que o amor me assustava, e eu não tinha poder nenhum sobre ele, principalmente sobre Lisa... Ela parecia um furacão. Tirando o fato que eu a vi no meu quarto, eu estava bem.

jennie: Que merda?!. — Ela se peguntava. Olhava para os lados mas não via Lisa em lugar nenhum. —
Que droga foi essa que tomei?.

Minha mãe nunca confiou em mim, sempre achou que eu teria um surto psicótico. Eu me via para baixo, mas eu juro que se eu pudesse eu seria diferente, ela só queria me ver feliz.

rosé: Por que chegou tão tarde?. O professor Chul esperou por você. Achei que faltaria.
jennie: Estou com uma puta ressaca.
rosé: Por que bebeu tanto ontem?.
jennie: Eu não sei, eu só achei que aquilo melhoria as coisas. Não sei o que aconteceu comigo.
rosé: Apenas me prometa que isso não irá mais acontecer.
jennie: Prometo. Eu prometo. Onde está jisoo?.
rosé: Acho que ela passou dos limites ontem, ela foi para casa.
jennie: Posso lhe contar algo?.
rosé: Claro, eu sou sua melhor amiga. Pode me contar literalmente tudo.
jennie: Você promete que não vai rir de mim?.
rosé: Conte logo! Sabe que sou uma puta curiosa.
jennie: Eu vi Lisa ontem no meu quarto. — Rosé ria debochada. Tentava levar à sério, mas não conseguia. —
rosé: Que merda de brincadeira é essa?.
jennie: Não é brincadeira!. Isso é sério.
rosé: Jennie, Lalisa está morta. Por favor, tente entender isso.
jennie: Rosé! Estou dizendo, eu a vi. Acho que talvez seja a droga que Tae-hyung me vendeu ontem.
rosé: Isso explica tanta coisa. Pare de usar drogas. Não sabemos nem de onde esse garoto estranho tira essas drogas. Isso pode te matar.
jennie: Eu sei... Eu vou parar. E o seokjin?.
rosé: O que tem ele?.
jennie: Sua safada! Como estão as coisas.
rosé: Estão bem, eu acho.
jennie: Transou com ele?.
rosé: Sim, e posso dizer, foi a melhor transa da minha vida.
jennie: Tudo bem, eu entendi. — Jennie observava ao seu redor, um pouco nervosa e pensativa.—
rosé: O que aconteceu?.
jennie: Nada. Eu preciso ir.
rosé: Tchau!. Eu te amo.
jennie: Também te amo.

Eu disse que pararia, mas eu juro que não consegui. Eu parecia ainda estar sob efeitos das drogas, depois que cruzei aquela maldita porta, encontrei Lalisa deitada em minha cama.

lisa: Você demorou.
jennie: Que merda!. Por que eu vejo você?.
lisa: Eu não fui embora, eu ainda estou aqui.
jennie: Não! Isso são os efeitos da droga. Você não existe. Você está morta!.
lisa: Eu nunca vou ir embora sem você.
jennie: Não, não, não! Isso não está acontecendo.
lisa: Deita aqui. Venha. — Jennie deitava calmante ao lado de Lisa. —
jennie: Por que eu vejo você?.
lisa: Eu sou o que você mais queria ter. Você nunca quis que eu fosse embora. Eu estou aqui.
jennie: Você é um espírito?.
lisa: Eu sou alguém que você ama muito.
jennie: Você estará sempre aqui?.
lisa: Sempre.
jennie: É estranho eu amar essa sensação?.
lisa: Tem medo de mim?.
jennie: Não, acho que não.
lisa: Rosé e Jisoo estão subindo as escadas.
jennie: O que? — Ao ouvir o barulho da porta sendo aberta, rapidamente Jennie encara Jisoo e Rosé entrarem em seu quarto, mas ao olhar para o lado Lisa havia sumido. —
jisoo: Por que está nos encarando assim? Parece que viu um fantasma.
rosé: Ela tem tido encontros com a Lalisa.
jennie: Rosé...
jisoo: Do que estão falando?.
rosé: Jennie vê espíritos agora.
jisoo: Espíritos?.
jennie: Eu sei que é estranho, mas tenho visto a Lisa.
jisoo: A lisa? Jennie, ela está morta.
jennie: Eu sei. Mas eu sinto a presença dela, o tempo todo.
rosé: Você não acha que isso é só saudades?
jennie: Talvez?.
rosé: Jisoo me contou que vocês namoravam escondidas.
jennie: Jisoo?!.
jisoo: Me desculpa. Ela me obrigou.
jennie: Como ela obrigou a você contar isso?.
jisoo: Eu disse: "Quer ouvir algo legal sobre a Jennie?." e ela disse sim.
jennie: Merda, Jisoo.
rosé: A Escola toda sabia disso.
jennie: Espera o que?.
rosé: Isso era a coisa mais óbvia que existia.
jisoo: Vocês poderiam focar no problema mais importante? A Jennie vê fantasmas agora.
rosé: Olha, eu entendo. Perder alguém é a pior dor que podemos sentir, mas acho que você precisa ter um tempo só teu, aliviar seus sentimentos com alguma coisa.
jisoo: Por que você não volta a cantar?.
jennie: Cantar é como me conectar com a Lisa. Não posso sentir essas coisas de novo.
rosé: Nós vamos sair. Deixaremos que você flutue nos seus sentimentos, mas para você saber o que está acontecendo.
jennie: Obrigada. Eu só preciso descansar. Eu nunca mais vou voltar a beber.
jisoo: Sabemos que durante a madrugada vai beber vinho do seu pai, enquanto assiste Crossing the Line.
jennie: Eu odeio você.
jisoo: Nos vemos amanhã na Escola.
jennie: Tudo bem.
rosé: Amamos você. — As duas saíram do quarto, fazendo com que Jennie voltasse a deitar na cama, e observasse o teto. —

lisa: Então você ainda fala de mim.
jennie: Puta merda. Não me assusta.
lisa: As pessoas acreditam que eu estou morta. Tem algo mais assustador que isso?.
jennie: Você está morta. Eu não sei por que ainda vejo você, mas você está morta.
lisa: Eu não estou, eu estou aqui.
jennie: Eu sofri muito depois da sua morte, por favor não me faça sofrer tudo outra vez.
lisa: Eu estou morta na terra. No paraíso eu estou viva por você.
jennie: Por favor, vai embora.
lisa: Eu vou ficar. Eu ainda preciso de você.
jennie: O que está acontecendo comigo?.
lisa: Posso lhe ouvir cantar?.
jennie: Não. Quer dizer... Não. Que droga foi essa?. Eu estou surtando.
lisa: Que merda, por que está negando tanto?.
jennie: Você é um fantasma. Como possar entender isso?. — Um silêncio se espalha pelo quarto, a mais velha se levanta e olha um retrato em um móvel próximo a porta. –
lisa: Nossa foto... Ainda tem guardada.
jennie: Nunca irei me desfazer dela.
lisa: É linda. Éramos tão felizes e não sabíamos disso.
jennie: Como é estar morta?.
lisa: Não sei. É estranho. Apenas sinto que não faço mais parte desse mundo. — Ela prestava toda a atenção em Lalisa, até ouvir os passos de sua mãe sendo acompanhados pela sua voz, chamando pela mesma. —

omma: Filha?.
jennie: Me chamou, mãe?.
omma: Desça para o jantar, querida.
jennie: Eu já vou. Vou me trocar.
omma: Tudo bem. Te vejo lá embaixo. — Jennie apenas sorri vendo sua mãe fechar a porta. —
lisa: Sinto falta da comida da sua mãe. — Comentou Lisa ao sair de trás da porta. —
jennie: Fique aqui. Volto após o jantar. — Ela sai do quarto, enquanto Lisa se deita na cama. —

As pessoas acreditam que o amor deve ser algo eterno, mas ao contrário do que pensam, eu acho que o amor deve ser eterno enquanto dure.

Jisoo estava completamente perdida e sem saber onde ir. O que ela deveria sentir ou que deveria fazer.

rosé: Acha que a Jennie está piorando?.
jisoo: Os últimos meses foram difíceis. Talvez ela só esteja com saudade, é normal se sentir assim.
rosé: Já imaginou o quão doido deve ser ver alguém que já está morto?.
jisoo: Já imaginou amar alguém que você sabe que não pode mais ver?. A Jennie deve estar completamente acabada.
rosé: Já imaginou amar alguém, e viver com essa pessoa, mas não poder falar nada por medo?. — Ela encara Jisoo. —
jisoo: Você não faz ideia. Está se sentindo assim?.
rosé: Talvez... Com o Jin.
jisoo: E-eu preciso ir... De verdade. Prometi que jantaria com a minha mãe.
rosé: Tudo bem. Nos vemos amanhã.

Ao voltar para casa, Rosé percebeu o quanto Jisoo estava estranha, e não conseguia se quer ter uma conversa com Roseanne. Ela pensou durante horas sobre isso e não conseguiu chegar à nenhuma conclusão. Acho que era tarde demais.

Dentro do quarto Lisa lia um livro, o favorito de Jennie.

jennie: O Sol é para todos. Clássico.
lisa: Seu favorito. Você lia para mim todas as noites em que meus pais brigavam.
jennie: Você fugia e entrava pela janela do meu quarto.
lisa: Você segurava minha mão durante toda a noite.
jennie: Sinto muito, pelo acidente. Me preocupei tanto em dizer que estive ferida, que não me importei com você.
lisa: Você não tem culpa. — Lisa acariciava o rosto de Jennie. — Deita aqui. — Ela completava a ação deitando, com a cabeça de Jennie em seu ombro. —

Poderíamos ter ficado por horas naquele mesmo lugar, sem mover um dedo. O mundo estava um caos e eu só queria tê-la por perto, poderia não ser real, eu poderia ter ficado louca, mas eu pertencia à ela, e seria sempre assim.