Saí do CT já estressado só de pensar no trânsito que eu iria enfrentar pela frente. Assim que parei no primeiro sinal, avistei de longe um gurizinho acenando para mim, e ao ver o rosto da mulher que tinha virado juntamente com ele em minha direção, lembrei de que se tratavam dos fãs que eu tirei foto a alguns dias atrás. Sorri observando o entusiasmo do garotinho ao me ver, esquecendo completamente que eu estava em um semáforo e o mesmo já havia sido aberto.
— Viu, mamãe?! Ele deu tchau pra mim!
— Vi sim, legal né, filho?
— E o carro do monumento parece um que eu tenho da hot wheels!
— Sério? — Vini concordou com um sorriso no lábios que aliás estavam sujos de sorvete — Vini, o nome dele é Alisson. Monumento e um nome que o tio Phil inventou, mas ele se chama Alisson
— Alisson? E por que o titio chama ele de monumento?
— Ah, porque ele é bonito — passei a mão em seus cabelos ajeitando o mesmo
— Então eu sou um monumento também? Eu sou bonito, não é?
— ri com a observação de Vini e apenas concordei
Minutos depois...
Saímos da pracinha e pegamos um metrô que ficava bem perto, e por incrível que pareça, apesar do horário ele não estava cheio. Sentei mais ao fundo com Vini e o mesmo encostou a cabeça em meu ombro vendo um vídeo no meu celular— Mamãe
— Oi?
— Coloca vídeo do monu... Alisson pra mim?
— Vídeo dele?
— Aham.
—apenas peguei o celular e coloquei em um vídeo das melhores defesas do goleiro e entreguei novamente a Vini que ficou com o olhinhos brilhando
— Nossa mamãe, ele é o homem que pega a bola!
— O nome disso é goleiro, filho. Legal né? — Vini apenas concordou enquanto assistia o vídeo
— No jogo da escolinha eu vou ser "goleilo" também!
Cheguei em casa por volta de umas 19:00 e estava tudo em silêncio. Joguei a chave do carro em cima do balcão e fui subindo as escadas em direção ao quarto da Helena para verificar se ela estava em casa.
— Papai!
— Oi bebê! — me aproximei dela que estava assistindo desenho e dei um beijo em sua testa — Pra onde minha mãe e minha irmã saíram? — direcionei meu olhar para Julie que estava em uma poltrona ao lado da cama
— Pelo o que eu entendi, foram ao salão.
— Ao salão? Tem algum evento importante que eu tenha esquecido?
— Não, senhor.
— Ok então. Vou tomar um banho e assim que eu voltar você já está liberada.
— Mais alguma coisa, senhor Becker?
— Não.
— Nem um chimarrão?
— Não, Julie — falei pausadamente — se eu quisesse algo, já teria pedido — Abri a porta e saí do quarto
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Interconnected | Alisson Becker
RomanceTalvez a gente devesse mesmo quebrar a cara algum dia. Uma, duas ou até mesmo três ou mais vezes. Talvez devêssemos perder aquela partida que queríamos tanto ganhar. Talvez devêssemos ouvir aquele "não" que temíamos ouvir. Talvez fosse pra eu te enc...