A fã número 1

Trauma

Segunda tinha finalmente chegado e com ela as gravações do filme Quévelin observava enquanto Tom entrava no personagem e se mostrava encantado ao conhecer a personagem de Diane ela via o quão bem ele atuava e ficava ainda mais admirada por ele e dava risada quando ele errava alguma coisa e começava a rir

-Quel eu preciso da sua ajuda uma parte do vestido da Diane descosturou você pode concertar? – Cassandra pediu – ele já esta lá em cima da mesa de costura

-É claro – ela deu uma última olhada em Tom antes de sair e caminhar em direção a sala de costura sentou-se para começar a costura ouviu o celular tocar era o Chris desde o ocorrido ele sempre mandava mensagens para saber como ela estava Quévelin havia decidido não contar a ninguém o que houve não queria que se preocupassem com ela, mas desde aquele dia ela não conseguia dormir direito e tinha medo de andar sozinha em um lugar que estivesse pouca gente, mandou uma mensagem pra ele e começou a concertar o vestido de Diane quando terminou foi colocar na arara e sentiu uma mão nos seus ombros em um reflexo Quévelin se virou saindo de perto daquele braço e quase caindo ficando encostada na parede sua respiração ficou irregular ela olhou e viu que era o Tom, mas isso não fez com que ela se acalmasse:

-Calma, calma sou só eu – Tom ficou assustado ao ver Quévelin daquele jeito – eu vou me aproximar de novo tudo bem? – Quévelin acenou concordando e Tom a abraçou levando-a até o sofá para se sentar, em qualquer outra situação Quévelin teria ido as nuvens era a primeira vez que ele a tocava sem ser para cumprimentá-la, mas o toque de Tom a fez se lembrar do homem naquele dia, ele levantou em busca de um copo de água e a entregou para beber – se sente melhor? – perguntou pegando o copo de volta da mão dela colocando na mesa e indo se sentar ao lado dela

-Sim, obrigada – respondeu. Sua respiração estava voltando ao normal quando se acalmou Tom perguntou:

-O que aconteceu? Ninguém se assusta tanto assim só por que alguém a segura – Quévelin respirou fundo antes de começar

-Na semana passada eu saí com uns amigos e como estava cheio eu fui à rua tomar um pouco de ar e antes que eu pudesse voltar esse cara apareceu do nada me abraçou e não queria me soltar acho que eu nunca tinha sentido tanto medo na minha vida e eu sou bem medrosa – disse com um sorriso fraco tentando amenizar as coisas – se meu amigo Chris não tivesse aparecido eu não sei o que aconteceria

-Eu sinto muito, está tudo bem agora você está segura vem cá – ele abraçou e agora sim Quévelin sentiu seu coração palpitar de uma forma boa.

-Eu estou bem agora só que fico com medo de ficar sozinha em algum lugar e isso se repetir – confessou

-Não vamos deixar isso acontecer – ele olhou o celular – eu tenho que voltar às gravações o intervalo já acabou

-Vamos eu também já terminei aqui – os dois então foram juntos para o set quando chegaram Diane estava fazendo stories e chamou Tom para gravar com ele, Quévelin ficou ali observando-os enquanto voltavam a gravar.

Quando as gravações do dia acabaram Quévelin ajudou a guardar e organizar os figurinos e começou a andar em direção a entrada do set quando percebeu um carro diminuindo a velocidade e abaixando a janela

-Entra – Tom disse, Quévelin entrou no carro e agradeceu – não precisa, eu não vou deixar você ir pra casa sozinha depois do que te aconteceu e sempre que você estiver em algum lugar e sentir medo pode me ligar – ela não achava que era possível se admirar mais ainda com ele mas viu que estava enganada e tudo que conseguiu foi sorrir – está com fome deve ter barra de cereal no porta-luvas pode pegar

-Okay – ela abriu o porta-luvas e encontrou uma câmera ela pegou

-Eu gosto de fotografia é um hobbie meu – ela sabia que a mãe dele era fotografa, colocou a câmera de volta no porta-luvas e pegou a barra de cereal

-Vou poder ver algumas de suas fotografias? – perguntou enquanto comia

-É claro qualquer dia desses te mostro

-Ah, eu já sei o que quero da aposta.

-É? E o que é?

-Quero alguma coisa do set de filmagens – respondeu sorridente

-Você quer que eu roube algum souvenir? – perguntou chocado

-Eu... – Quévelin se sentiu mal talvez não devesse ter pedido era errado

-Beleza – falou rindo

-Achei que tinha ficado chateado – reclamou

-Claro que não todo mundo rouba coisas do set, eu só queria ver sua cara quando eu parecesse ofendido – explicou dando risada – eu ainda não pensei no que eu quero.

-Não precisa pensar você vai perder mesmo – respondeu rindo

-Vamos ver – o telefone de Quévelin tocou

-Desculpa – ela disse pegando telefone – é o Chris – anunciou antes de atender – oi

-Como você está? – a voz preocupada de Chris falou

-Eu estou bem já disse, obrigada por se preocupar tanto comigo.

-Você já está em casa?

-Quase eu peguei uma carona.

-Quando chegar me avisa pra eu ter certeza de que você chegou bem.

-Está bem, tchau, beijos – disse desligando.

-Esse Chris parece se preocupar muito com você, ele é só seu amigo? – Tom começou

-Sim eu conheci um ano depois de vir pra cá trabalhávamos juntos em uma cafeteria – ela explicou – ele sempre foi legal comigo e eu agradeço muito por ele ter aparecido quando aquele homem... – ela deixou as palavras morrerem ao lembrar-se daquela noite, Tom encostou o carro em frente ao apartamento de Quel e tocou na mão dela, Quévelin sentiu seu corpo estremecer

-Não precisa pensar mais nisso acabou, você está segura agora – ele olhou em seus olhos e Quévelin se sentia flutuando – a gente se ver amanhã? – perguntou quebrando o encanto

-Claro – respondeu sem graça – boa noite e obrigada de novo - entrando no apartamento Quévelin se sentiu estúpida – é claro que ele não quer nada comigo – falou consigo mesma – ele só foi gentil e um bom amigo nada demais – suspirou frustrada.

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