capítulo 2-Stephan

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publicado em 11 de agsoto de 2020
revisado em 17 de agosto de 2023

Eu e Stephan estavamos nos dando muito bem. Conversavamos o dia inteiro. Já se fazia uma semana desde o dia em que nos conhecemos. Quando ele não vinha presencialmente, falavamos por cartas e pelo telefone.

Descobri que ele é uma pessoa legal. Conversamos sobre tudo. Tudo mesmo.

Hoje seria o dia em que eu iria embora da aldeia. Vesti minha melhor roupa. Uma jeans skinny rasgada nos joelhos e uma blusa de gatinhos. Amarrei meu moletom vermelho na cintura e coloquei meus tênis all star surrados. Todas as minhas coisas já estavam ao lado da porta pra hora de sair. Não podia negar que tinha medo de sair do lugar onde csci, mas também não podia mentir em dizer que não queira ir morar comn Stephan. Peguei meu celular e tirei fotos do lugar onde cresci. Sentiria saudades de lá.

Minha mãe estava sentada em um lado da mesa com uma cadeira vazia ao seu lado. Meu pai estava na cadeira da frente aquela vazia e Marcus na ponta. Os três estavam em silêncio. Cheguei e fui me sentar em uma ponta, meu lugar de sempre.

-Por favor, Loui... -Pediu a minha mãe chorosa apontando para a cadeira ao seu lado. Me sentei meio hesitante, mas ela me abraçou com força deixando as lágrimas cairem-Não queriamos ter que fazer isso com você, querido. Nós te amamos tanto!

Me permito chorar um pouco conforme as emoções me invadiam. Ia sentir muuuuuuuuita falta deles. -Eu sei, mamãe... Eu sei... Vai ficar tudo bem. Stephan me prometeu que vou visita-los sempre. -Marcus vira a cabeça para a janela da casa quando ouvimos barulho de carro.

-Chegaram. -Avisa o meu irmão rígido. Vejo um cachorro cinza e grande correr para a frente de casa. Logo depois, chega o líder. Ele abre a porta com rapidez e olha pra mim sério.

-Vá falar com eles. -Diz em voz de comando. Vou até a porta e saio. Vejo o senhor Potterfield sair do banco de trás e vou logo ajuda-lo, contra a minha vontade.

-Bom dia, senhor Potterfield. -Falo dando um sorriso falso.

-Bom dia. -Falou ríspido. Marcus saiu e veio ajudar o senhor Potterfield a entrar.

-Loui! -Ouço uma voz conhecida em chamar. Me viro e é Stephan pronto para me abraçar. O abraço meio desconfiado e ele me pega no colo. Arregalo os olhos um pouco assustado. -Desculpa. -Fala me colocando no chão novamente. -Como foi a sua semana?

-Hm... Tudo tranquilo.

-Sério mesmo? Sei que vai sentir saudades daqui. Não queria te forçar...

-Não, não... Eu sei que não foi você.

-Meu pai vem me enchendo com a história de termos filhos. Mas não precisamos disso. Só se quiser...

-Hm... O líder vive me falando disso... Vamos com calma. Vamos nos casar mesmo.

-Olha... Eu não quero te forçar a ficar comigo. Você com certeza vai se apaixonar por outros e eu quero que você saiba que é livre para fazer o que quiser

-Pode ficar tranquilo Stephan. Casar com você não vai ser ruim. Somos amigos, não? Vamos nos dar bem. -Falo observando a conversa entre o pai dele e os meus que pareciam bem tristes. O líder pega a maleta com dinheiro e repassa um pouco para os meus pais que continuam a chorar. abaixo minha cabeça esperando o senhor Potterfield sair de casa com os meus pais. Assim que recebo a permissão de Stephan corro e os abraço.

-Eu vou ficar bem. Ok? Vou voltar sempre para visitar vocês... -Falo consolando minha mãe. Somos quase da mesma altura, o que faz com que eu conseguisse deitar minha cabeça em seu ombro. Meu pai nos abraça, enquanto Marcus, ainda está parado ao meu lado.

Depois de minha mãe ter me passado suas dicas, ela me abraça novamente me desejando o bem. Sorrio e beijo sua bochecha. Me viro para meu pai, que não fala nada. Ele nunca foi bom com palavras, diferentemente de minha mãe. Ele ainda em silêncio, corre seus dedos por meus cabelos e meu rosto, como se quisse memorizar para sempre. Em um ato de amor, simplesmente me dá um longo e demorado beijo na testa.

-Me desculpe por não poder evitar isso, querido... -Ele fala ainda triste

-Tudo bem papai. Vou ficar bem... Eu vou poder visitar vocês...

-Eu te amo, meu pequenino. Desde quando te vi pela primeira vez. Pequeno como um ratinho. Coberto de sangue ainda e com os olhos fechadinhos... não mudou muito... Continua lindo.

Ele me abraça novamente, mas sua frase me faz rir. Marcus cutuca meu braço suavemente, ve viro e ele me dá um abraço firme e me pega no colo como sempre fazia.

-Vou ficar vigiando ele, ta bom? Se aquele idiota fizer alguma coisa com você eu corto a cobra dele fora. -Fala me fazendo rir novamente. Logo beija minha bochecha. -Fica bem, Loui...

Após me colocar no chão, entro no carro junto com Stephan. O carro é grande, não posso deixar de lembrar da velha Ford. Não havia espaço atrás, por ser de cabine única, eu e Marcus viviamos nos batendo no banco de trás. Nunca brigamos muito, nesses momentos, ele costumava me botar em seu colo, mesmo assim, iamos de uma parede a outra rapidamente.

Já esse carro, era tão grande que conseguiamos ficar de frente um para o outro, ainda com 4 lugares vagos. O senhor Potterfield entra no banco da frente e coloca o cinto. Stephan faz o mesmo e me ajuda com o meu, já que eu não estava acostumado com isso, pela velha ford não ter cintos.

Durante o caminho, conversamos normalmente sobre planos para o futuro e coisas do tipo. Pelo meio do caminho, acho que acabei adormecendo. Acordei com Stephan me chamando. Havia uma coberta sobre meu corpo, coisa que não lrmbrava de ter usado.

-Chegamos, Loui... -Fala ele baixinho. Vejo que ele já está sem cinto. Ele abre a porta do carro. Me sento um pouco confuso e solto o meu cinto. Stephan me pega no colo me ajeitando sobre o seu ombro e me tira do carro. Me coloca no chão em seguida e passa o braço por meu ombro, nos fazendo ficar juntos.

A minha frente, vejo uma enorme casa de uns 3 andares com duas garagens e sua arquitetura no estilo moderno. Grande parte da parede da sala é de vidro. Me encanto pela piscina, que começa em um canto da sala e termina na área externa.

-Gostou? -Pergunta Stephan olhando minhas reações.

-Gostei? É lindo! -Falo encantando com o jardim também. O terreno é todo gramado, com uma grande estufa no fundo. Vejo uma horta grande, onde tenho certeza que passaria grande parte do dia.

Me sinto feliz e talvez um dia possa chamar isso de minha casa.

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