Uma nova vida

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Na semana seguinte, a Aylla foi ao orfanato

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Na semana seguinte, a Aylla foi ao orfanato...

E eu confesso que, embora tivesse medo dela me adotar, meu medo maior, era de nunca mais a ver de novo. Então tive que escolher entre: "ser adotado pela mulher por quem eu me apaixonei" ou " nunca mais ver a mulher de novo"... Já devem imaginar o que eu escolhi, não é?

Uns dias depois, o orfanato já estava com toda a papelada pronta, e parecia que toda aquela burocracia tinha sumido, como um passe de mágica...

Gente rica e famosa querendo adotar... Nada de novo sobre o Sol.

O orfanato nunca iria recusar ou atrapalhar o processo de adoção. Nesse processo de "adaptação", a Aylla passou muito tempo comigo, e em alguns momentos, eu até esquecia a culpa por gostar dela (Mas só em alguns momentos). Porque logo entrava o Chris Miller na jogada.

É difícil descrever minha relação com o Chris... Apesar de ter ele como um rival, com o passar do tempo ele se tornou como um pai pra mim. Afinal ele era minha única referência paterna.

E lá estava eu, prestes a entrar na mais louca família...

Antes de pegar o primeiro vôo pra Suíça, eles me levaram pra fazer compras (coisa que eu nunca tinha tido o luxo de fazer). Eu entrei no Shopping parecendo um menino de rua e saí parecendo um modelo...

Foi assustador!

Várias pessoas que me olharam de baixo pra cima na entrada, estavam tirando fotos de mim na saída... Comentários como "nossa como ele é lindo" ou "quem é esse garoto" por toda parte. Me senti bem desconfortável, então virei para a Aylla e disse:

— Elas me olharam de baixo pra cima quando entrei... Olha como estão olhando diferente agora. Bando de gente falsa! — Falei com uma cara emburrada, o que acabou fazendo ela sorrir.
— Sério? — Perguntou Aylla — Então faz assim: Vire no seu melhor ângulo, dê seu melhor sorriso, e diga "Eu sou rica!" *em português* — Falou balançando o cabelo cacheado.
— "Eu sou rica"?
— Yeah! I am rich! — Explicou ela, enquanto Chris não parava de rir.
— EU SOU RICA! — Gritei brincando (na mesa da praça de alimentação).

Todos olharam ainda mais para nós. Mas estávamos (como diria minha Aylla) "nem aí" pra os outros. Rimos muito, e então, fomos para o aeroporto de Seoul, e pegamos o primeiro vôo. Quero dizer... Meu primeiro vôo. Porque eu estava me "cagando" de medo! Porque era como subir de elevador, só que mil vezes pior.
Depois que chegamos na Suiça, eu vi a enorme diferença entre os países... As casas padronizadas, os parques... Tudo era lindo e aconchegante apesar do frio. Mas eu só tive dimensão da minha nova fortuna quando entrei na mansão. Pense em algo grande... Era maior que isso! Sério, eu sempre me perdia naquele lugar!

E foi assim que chegamos, exaustos da viagem, e ainda com uma certa estranheza pela situação, que eu conheci a segunda pessoa mais importante da minha vida... Ullyie Moon Miller...

(É coisa de famoso botar nome estranho em criança...)

Uma garotinha de 10 anos, ruiva dos olhos azuis... A pessoa mais cheia de luz que já pisou na Terra.

— Oi... — Disse Ullyie meio tímida.
— Oi Ullyie... Você vai me ver muito sabia? — Brinquei bagunçado os cachos dela.
— Se mexer nas minhas coisas vou tirar fotos suas quando estiver dormindo! — Exclamou e foi subindo as escadas até chegar ao topo e dizer:— Mas seja bem vindo a família.
— O quê? — Pergunto sendo irônico — Não ouvi!
— Não entra no meu quarto!!! — Grita Ullyie e em seguida bate a porta.
— Vocês vão se dar bem... — Diz Aylla sorrindo - A viagem foi muito longa... O seu quarto é o primeiro subindo as escadas.
— Okay.

Então subi as escadas e entrei no meu quarto... Era enorme, escuro e iluminando ao mesmo tempo, tinha um closet imenso, de roupas, sapatos e até acessórios... E pra quem viveu 15 anos com meia dúzia de roupas, aquilo era incrível demais.

— Eu não sei nem que meia escolher... — Falo sentando na cama — Tudo aqui é tão enorme...
— Bem grande, né? — Fala Aylla, surgindo do nada e me assustando.
Nossa... Uma porta deste tamanho e você não bate nela?
— Poxa... Que grosso! — Exclamou ela entrando e se jogando na minha cama — Você devia descansar... Amanhã tem aula sabia?
Aula? Amanhã? Nem deu tempo de chegar direito!
— Seu uniforme tá alí — Apontou pra uma caixa preta bem bonita em cima da mesa — Mas entendo se não quiser ir...

Eu não queria ir mesmo... Mas ela falou tão empolgada que não tive coragem de frustra-la com algo tão pequeno.

— Tudo bem... Eu vou!
— É assim que se fala! — Disse Aylla bagunçando meu cabelo.

Se eu pudesse escolher, ainda seria você...Onde histórias criam vida. Descubra agora