Capítulo 01 (DEGUSTAÇÃO)

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Acordei logo pela manhã, disposta e alegre com o dia que começava

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Acordei logo pela manhã, disposta e alegre com o dia que começava.
Afastei os lençóis que estavam sobre meu corpo, me levantei e fui para o banheiro. Lavei meu rosto e tomei um banho. Com a toalha enrolada em meus cabelos caminhei até meu closet cantarolando uma música qualquer. Passeei com meus dedos levemente sobre minhas roupas até que encontrei uma perfeita combinação para o dia. Calça preta, uma regata branca e minha jaqueta de couro. Me sentei em frente a minha penteadeira, sequei meus cabelos e com meu delineador tracei um traço rente aos meus cílios, passei meu rímel e pintei meus lábios com um gloss avermelhado. Calcei minhas botas e amarrei o cadarço firmemente.
Passei as mãos na chave que estava sobre minha cabeceira e peguei meu capacete ao lado da porta. Coloquei meu celular no bolso e enfim sai de meu quarto. Meu aniversário estava apenas começando.
Desci as longas escadas de nossa mansão, localizada no melhor bairro de Vêneto.
Quando chego na sala encontro minha mãe. Kiara está junto de alguns dos seus seguranças, que estão a observando enquanto ela lê uma de suas milhares de revistas de moda e fofocas sobre alguns famosos. Tento passar despercebida indo direto para a porta que dá acesso a saída da casa, mas minha mãe me chama:

— Luna! Venha aqui. — Suspiro irritada por não ter conseguido passar direto e vou até ela.

— Sim. — Tento soar calma.

— Sabe que seu pai não gosta que ande com seus cabelos soltos pela cidade. Por favor, prenda ele para que possamos evitar outra discussão. — Quando ela começa a falar todos os homens na sala me olham com espanto, o que ajuda para o argumento dela.

— Eu sei. — Reviro os olhos para seu comentário. — Só queria sentir o vento nos cabelos até chegar no escritório. Mas farei o que a senhora pede. Com licença.

— Filha? — Me chama novamente.

— Sim mamãe.

— Feliz aniversário minha princesa. — Se levanta com uma pequena sacola de presente de uma das melhores relojoarias do país. Nos abraçamos brevemente e ela me convence a abri-lo ali mesmo. Um lindo relógio de pulso, dourado e cravejado por pedras azuis. Safiras.

— Obrigada. É perfeito! — Abraço ela novamente.

— Comprei isso pensando que você não iria se atrasar novamente para encontrar seu pai. — Apertou minha bochecha. — Agora vá. Seu pai está lhe esperando.

— Claro. — Respondo com um sorriso sínico e nada gentil e corro para a porta, indo em direção à minha linda moto Honda CBR 1000RR Fireblade, que tem um tom preto fosco que me tira o fôlego toda vez que monto nela.

Coloco meu capacete e logo vejo ruas e casas passando em alta velocidade, até encontrar uma pequena cafeteria onde eu sempre paro para tomar café. Desço da minha moto depois de estacioná-la, enfrente a cafeteria Caffè Florian. Ao abrir a porta um sino soa, anunciado minha entrada, chamando a atenção de uma linda senhora que está do outro lado do balcão.
Dona Antonella é uma senhora de 65 anos. Com seus cabelos brancos, ela é baixinha e sempre está com um grande sorriso no rosto. Essa simpática senhorinha sempre me trata com muita gentileza e um carinho imenso, como se me considerasse sua neta.

Arquivo de Prata (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora