Parte Um - O Novo Harry

5K 355 99
                                    

Quebrado. Aos pedaços, desmoronando, preso em si próprio.

Quando foi sequestrado no Departamento de Mistérios no Ministério da Magia pelos Comensais da Morte e entregue a Voldemort, Harry surtou. Os anos de abuso nos Dursley cobraram seu preço naquela noite e Harry Potter, o poderoso Potter, que havia derrotado Lorde Voldemort, um dos alfa lúpus mais bonitos de Hogwarts, quebrou.

Sua alma se partiu e seu coração parou, mas Harry não morreu. Ele parou de respirar e seu corpo começou a se decompor, mas ainda estava lá. Sua magia ainda estava presa ao corpo magrela do garoto de quinze anos, e era essa magia que o Lorde das Trevas queria.

Tom Riddle sabia o que aconteceria a Harry, por isso queria o garoto. Ele se aproveitou de sua magia e com a ajuda de Narcisa Malfoy e Mark Zabini, construiu um receptáculo feito de magia negra para suportar o núcleo mágico e a alma fragmentada de Potter. Eles o transferiram para a "casca" no dia 31 de dezembro, e então o deixaram ali para que pudesse se recuperar antes de colocarem seu coração no lugar. Então, no dia chuvoso de 20 de março, eles colocaram o coração dentro do corpo e esperaram.

De repente, o receptáculo começou a convulsionar, trovões fizeram barulho no céu e um raio caiu diretamente sobre a Mansão Malfoy, atingindo o corpo e o dando, através da magia negra presente em suas novas células, o poder que o Lorde das Trevas desconhece. Harry Potter, ou a casca vazia que um dia fora o mago, estava morto.

Os Comensais assistiam em espectativa o corpo em cima da mesa de pedra, respirações presas e corações acelerados. Seu Lorde, no entanto, estava calmo, um sorriso perigoso em seus lábios e a ambição brilhando em seus olhos escarlates, principalmente quando o corpo começou a se mexer e a exibir barulhos estranhos e o indistintos.

O receptáculo se ergueu, olhando ao redor com a expressão confusa, até seus olhos se fixarem no Lorde das Trevas. Este perdeu o ar, porque logicamente o receptáculo teria que ter traços comuns como qualquer outro, mas não. O maldito tinha que ser diferente até nisso, com seus olhos na mais bela heterocromia de roxo e verde, os cabelos muito negros e rebeldes caindo de maneira bonita ao redor do rosto de maxilar quadrado, os lábios grossos e rosados, maçãs do rosto altas. Era perfeito. Voldemort sorriu outra vez.

Ele se aproximou, Lucius e Severus ao seu lado como seus fiéis escudeiros. O receptáculo se sentou e o encarou fixamente, até que se levantou, ainda que meio trêmulo, segurando-se nas bordas da mesa para ficar em pé, mas perdendo o ar e falhando. Ele caiu aos pés do Lorde, que ouviu seus Comensais rindo da humilhação de Potter, o fazendo apertar os punhos.

— Severus. — sibilou, vendo seu mais fiel homem avançar sem precisar de outro comando e erguer o corpo agora em forma e com músculos bronzeados e fortes. Potter o encarou novamente, cenho franzido e sem dizer palavra alguma, como se tentasse pensar em algo muito complexo. Foi então que Lucius também avançou, ajudando o melhor amigo a erguer Potter direito até ele estar de pé, mas ainda muito trêmulo e cambaleante.

— Ele não sente firmeza nas pernas por ainda ser muito jovem, Milord. — Narcisa Malfoy chegara mais perto e o explicara. — Ele é como um bebê, mas seu cérebro está preparado e completamente tudo o que ele vê é capaz de aprender.

— Tudo? — perguntou o Lorde.

— Absolutamente tudo. — lhe garantiu a mulher morena. — Ele aprenderá tudo com perfeição, e logo estará inteiramente bem.

O Lorde não respondeu. Ele chegou perto do garoto em corpo de homem e segurou seu rosto, o fazendo olhar em seus olhos. Um minuto inteiro se passou até que o homem mais velho o soltou e fez um sinal com a mão.

— Levem-no para meus aposentos, eu irei assim que puder. Creio que poderemos começar o treinamento amanhã de manhã. — assim foi feito, Lucius e Severus rapidamente entraram na Mansão e desapareceram de vista. Voldemort se virou para os seus seguidores. — Finalmente, meus amigos, nada pode nos deter! — exclamou com empolgação, fazendo seus servos exclamarem em euforia. — Dumbledore não será mais um empecilho, Potter é nosso e a guerra está praticamente ganha! — sorriu largo, inspirando fundo com orgulho ao ver seus Comensais vibrando. — Comemorem hoje, pois amanhã seu treino se intensifica.

Love Me Like A StormOnde histórias criam vida. Descubra agora