Podia relatar inúmeras histórias que definem o meu crescimento. Podia contar-vos o momento em que dei os meus primeiros passos, caí e parti uns óculos de sol na cara. Podia contar-vos de quando fui de férias ao Algarve e acordei com um carreiro de formigas na barriga. Podia contar-vos de quando fiz as minhas primeiras amizades, mas vou optar por contar de quando as perdi.
Conheci a minha melhor amiga com 12 anos. Após uma fase complicada da minha vida. Bullyng, doenças, etc...
Foi do dia para a noite, trocas de mensagens, de vídeos, de abraços, de interesses e num abrir e piscar de olhos já não sabia viver sem ela, até que tive de aprender a viver sem ela.
Comecei a namorar em Agosto de 2017, com 16 anos. Era o maior sonho da minha vida. Estava tudo a correr me bem. Ia começar um ano letivo, tinha saídas diárias com as minhas amigas e agora tinha um namorado que realmente me amava.
Os dias foram passando. A mudança de turma não ajudou.
Sei que, de um dia para o outro tudo se foi. As mensagens passaram a ser ignoradas, os vídeos deixaram de ser abertos, os abraços eram dados a outras pessoas e os interesses começaram a ser diferentes. Num abrir e piscar de olhos tudo se foi.
Engraçado... Num abrir e piscar de olhos tudo veio, num abrir e piscar de olhos tudo se foi.
Sem porquês. Sem explicações. Sem justificações. Não vivia sem ela e tive de aprender a viver. Como se tivesse de voltar a aprender a andar, de voltar a aprender a ler. Porque eu sofria. Porque nada nem ninguém me consiga explicar a situação. Tudo isto porque razão? Sem razão. Sem explicação.
Restou o silêncio. A recuperação. As consultas na psicóloga. As recaídas.
A única alternativa era sobre(VIVER). A única alternativa era ser forte. Angariar coragem nos pensamentos. Roubar esperança ao coração. Secar lágrimas aos olhos. Arrancar sorrisos aos lábios.
E tudo o vento levou. Num abrir e fechar de olhos que nem 1 segundo durou.A complicação em pessoa,
Inês ✨
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SOBRE(VIVER)
Teen FictionA história de uma adolescente. A realidade que ninguém vê. Os pensamentos que ninguém ouve. Inês.