Be your wife?

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Sina Deinert

– Lucas, preciso desses documentos xerocados até as dez e meia, se eu não entregar esses documentos na hora saiba que minha cabeça vai ser jogada para fora desse prédio hoje mesmo.
Digo ofegante pelo fato de ter acabado de vir correndo para cá.

Bem-vindos a minha vida adorávelmente estressante.
Eu trabalho para um dos homens mais ricos, malvados, estressado, pavio curto e bonito do mundo.
Porém, nunca me deixei levar pela sua beleza, até porque sua grosseria não deixa.

O senhor Urrea consegue ser mal apenas com o olhar, às vezes me pergunto o porquê de tanta maldade dentro daquele coração.

— Calma Sina, me dê alguns segundos apenas.
Lucas (o que cuida das máquinas da empresa) diz calmo.

Até porque não é ele que trabalha com Noah Jacob Urrea, um executivo tirano que não tem papas na língua, a fama de mal dele vai longe.

– Pronto! Aqui está.
Ele diz, suspiro olhando o relógio, cinco minutos!

— Obrigada Lucas! Me salvou de novo!
Digo pegando os documentos apressada.

— De nada! Boa sorte.
Ele diz antes de mim sair correndo.

Tenho a leve impressão que todos dessa empresa sentem pena de mim. Quem não sentiria? Eu sou a que mais sofro nas mãos daquele ser!
Para todas as tarefas que ele me passa tem um tempo determinado, como por exemplo: buscar seu café do outro lado da cidade de Nova York, ele me dá apenas quinze minutos! Reorganizar sua agenda lotada, reescrever documentos importantes de quase dez folhas, ele já chegou a me dar apenas uma hora! E como sou determina, faço sempre no prazo. Eu zelo o meu emprego aqui, até porque ganho bem para aturar o filhote de demônio.

Esbarrando em algumas pessoas e pedindo desculpas enquanto subo as escadas. Quase caio, mas me recupero e entro no andar principal, onde fica a sala do meu chefe.
Respiro fundo recuperando o fôlego, me sento na mesa e organizo os papéis, arrumo meu cabelo em um rabo de cavalo apresentável e fecho meus olhos contando até dez.

- Quero os documentos agora!
Sua voz sai cortante pelo interfone.

- Sim senhor!
Murmuro sabendo que o mesmo já havia desligado.

Me levanto e caminho com a delicadeza que meus passos apressados permitem, sei que ele odeia esperar.
Dando uma leve batida na porta escuto um resmungo e entro com cuidado.

Acho que nunca vou me acostumar com a beleza desse homem. Alto, pele muito bem cuidada, olhos verdes, lábios rosados e bem esculpidos, rosto delicado, mas rústico.
Ele consegue ser muito lindo, tão lindo que chega a ser amargo.

Coloco os documentos na sua mesa de vidro e ele nem sequer olha pra mim ou para os documentos, seu olhar está vidrado em seu computador.

- Sr. Urrea, os documentos que o senhor pediu.
Digo calma e dou um leve sorriso.
Ele me encara, se o mesmo tivesse poder a lazer eu já estaria frita a tempos.

- O que está fazendo aqui ainda?
Ele pergunta rude cruzando as mãos e me encarando.

- Precisa de mais alguma coisa?
Pergunto não me abalando, então faço algo que ele odeia, sorrio docemente.

Posso ver uma veia em sua testa saltar, se ele pudesse me matar já teria o feito, não sei o porquê, mas o Sr.Urrea me odeia, às vezes me pergunto se é por que sou a primeira assistente pessoal dele a ficar fixamente no cargo, porque para aguentar esse homem tem que ter pulso firme e precisar muito do salário.

E como eu tenho um e preciso do outro, eu encaro numa boa, mesmo que às vezes eu chego em casa chorando, mas eu só choro em casa!

- Não Srta. Deinert, pode ir.
Diz voltando sua atenção para o computador.

Meu adorável chefe tirano | Noart adaptation.Onde histórias criam vida. Descubra agora