O DESCONHECIDO

975 148 11
                                    

Quando o despertador ecoa por todo meu quarto, só o que desejo é que o dia nem mesmo tenha começado

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quando o despertador ecoa por todo meu quarto, só o que desejo é que o dia nem mesmo tenha começado. Eu bato a mão no celular, ignorando o barulho irritante, e me viro na cama, considerando tirar um cochilo de quinze ou vinte minutos antes de realmente me levantar.

Consigo? Não. Porque minha assessora e assistente — Élodie — entra no meu quarto batendo palmas e abrindo as cortinas, dizendo que preciso me levantar ou vou me atrasar para a reunião com Silvia Ferreira. Preciso tirar a cópia da chave dessa mulher ou ela ainda vai me enlouquecer.

— A turnê está quase acabando, Ma — diz, como se para me incentivar. — Dentro de três dias vocês seguem para a última parada e tudo isso acaba.

Suspiro, com a cabeça ainda enfiada sob o travesseiro, não vendo mesmo a hora de essa turnê chegar ao fim. Já tem bem um ano que estamos viajando de um lado a outro nessa turnê, com pequenas pausas que aproveito para vir a Paris e ficar com meus pais.

— Vamos! — fala, mais incisiva, puxando os cobertores de cima de mim. — Seu café já está pronto e vai esfriar se não se apressar.

Vencida pela insistência dela, levanto-me e sigo até o banheiro. Tomo um banho rápido e me visto, já pronta para resolver mais algumas questões burocráticas da agência que pretendo abrir em breve. Na minha sala de jantar, como prometido por Élodie, meu café já está posto, meu tablet ao lado com minha agenda das atividades mais importantes para hoje e, em uma segunda página, as principais notícias do dia. Uma matéria falando sobre investimentos e dólar me faz lembrar que, cerca de um mês atrás, prometi entregar todo o dossiê que Antony levantou sobre o passado de Emilien, mas não consegui fazê-lo por causa da minha falta de tempo. Entrego o tablet para Élodie e peço para inserir minha ida até a sede da Dupont Investimento depois do almoço.

Antes de sair, confiro meus pertences na bolsa e pego a pasta de couro com a cópia da documentação que Leclerc levantou e sigo cumprir minha agenda do dia. Toda a parte da manhã fico ocupada resolvendo os últimos ajustes burocráticos para finalmente abrir minha empresa e com a reunião com Silvia sobre nossa ida à Milão. Depois, almoço com Élodie para só então seguir até empresa de Emilien, torcendo para que o encontre com facilidade.

No andar da presidência a recepcionista me informa que Emilien está atendendo uma moça que chegou há pouco e, telefonando para a secretária dele, confirma que posso esperá-lo no hall da sua sala. Sigo até lá, já conhecendo o caminho, e me acomodo no sofá, esperando-o. Não demora muito até ele aparecer ao lado de uma figura que conheço de vista: a moça que o estapeou no baile da Silvia e que se encontrou com ele no restaurante, semanas atrás.

Emilien parece travar no seu lugar quando nota minha presença e, ao mesmo tempo, vou na direção dele, esboçando um sorriso amigável para que compreenda que estou em missão de paz. Sei que acredita que sou sua inimiga, mas não sou.

— Emil... — cumprimento-o, ignorando sua companhia, já que ele não fez questão de me dizer quem ela é em outras ocasiões, e o abraço. Ele retribui um pouco relutante, e logo me afasta, demonstrando que minha presença o deixa transtornado.

(RETIRADO) PROIBIDO E IRRESISTÍVEL (Amores em Paris | Vol. IV) -Onde histórias criam vida. Descubra agora