Tem quem ache que o espaço tempo é um tecido. Mas nós o conhecemos como vidro. Era óbvio que não demoraria até que os humanos acabassem com tudo, isso estava claro para todos. Como poderia uma raça ser tão burra a ponto de destruir seus iguais? E pior que isso, destruir o único local que os pode abrigar? Eles não enxergavam o fim - já inevitável - tão perto? E aconteceu. O vidro que mantinha a ordem se quebrou. Depois de adiarem tanto, uma guerra nuclear causada pelo que os tornava tão belos, suas diferenças, destruiu toda a vida na terra, assim como todas as criações tecnológicas e todo o papel que comprava tudo. Nada restou. Porém, após anos de vazio, os viventes não destruídos, as energias tão incríveis e raras que vagavam entre as pessoas sem nunca serem notadas por prestarem mais atenção em suas vidinhas sem maravilhas do que nos fenômenos que ocorriam ao seu redor, juntaram todos os pedaços do vidro e colaram cada caquinho perdido. Elas recriaram a vida. O Preto e o Branco, a Sombra e a Luz fizeram uma nova sociedade. Fizeram o reino de Colorum. Eram como cópias dos humanos mas sabiam valorizar o que lhes foi dado. Não eram feitos de ossos e carne, mas de cores. E cada cor tinha sua família soberana. As cores frias, eram comandadas pelos Goldens. As quentes, pelos Reds. E assim, o equilíbrio se manteve durante milênios, coroa passando de pai para filho. Mas, o que pode durar pra sempre e o que está fadado ao finito? O que pode findar tudo, quebrar o vidro novamente? As diferenças? Jovens inconsequentes? A felicidade de um casal apaixonado? O que basta para que tudo se torne nada?
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