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Sophie Golden

Dizem que o amor nasce tão rápido quanto morre. Dizem que os jovens não são capazes de sentir tal coisa tão pura por sermos imaturos demais. Eu perdia minha cabeça em romances dos mais variados e impossíveis mas mesmo assim não esperava que ele fosse ser meu primeiro e mais sincero amor. Logo ele, tão detestável, convencido, mimado, esnobe, galanteador, perfeito, de lábia tão convincente e que falava tantas palavras de baixo calão a cada frase que me deixava enrusbecida. Eu lhe dei meu coração. Era dele e só dele, e ele sabia que tinha poder suficiente para destruí-lo. Mas ele preferiu guardá-lo, e me corresponder na mesma intensidade.


Meu aniversário de 17 anos se aproximava cada vez mais e com ele, minha enorme dor de cabeça. A idade para receber a coroa dos frigus estava cada vez mais próxima, mas mesmo faltando quatro anos o preparatório já ocorria. Aulas de esgrima, equitação, arco e flecha, defesa pessoal, etiqueta, provas de vestidos, chás da tarde com gente importante, nomeações, bailes e mais bailes, tratamentos de beleza, conhecer pretendentes e ainda assim separar tempo para minhas aulas escolares e leituras. Porém, essa semana seria diferente. No Dia de Saturno (sábado no calendário humano) eu estaria completando meus 17 anos e como presente, eu tinha toda essa semana de folga das minhas obrigações de princesa.

Desço as escadas até o salão de jantar a procura de minha família para nossa primeira refeição do dia. Tudo no castelo estava no devido lugar. As cortinas douradas e brancas sem nenhum resquício de poeira deixava que os raios de luz do sol entrassem de maneira filtrada, deixando o ambiente claro e agradável. Ao entrar encontro meu pai na ponta da mesa e minha mãe logo ao lado. Meu irmãozinho ao lado da minha mãe. Antes de me sentar faço uma reverência como cumprimento e logo me sento em frente à minha mãe.

- Bom dia - digo antes que os criados começassem a nos servir.

- Bom dia, querida - minha mãe me responde com um sorriso. Meu pai apenas sorri e toma um gole de sua bebida.

- Bom dia soph - Sidney, meu irmão caçula me responde. - Quero te mostrar o desenho que eu fiz noite passada.

- O que andou te inspirando dessa vez, Sid?

- O seu aniversário claro. Não vejo a hora de ver Melissa. Fiz um desenho de nós três brincando juntos. - Melissa era a melhor amiga de Sid. Ela era do tipo azul. Tinha 9 anos e Sid 10. Sua família seria uma das convidadas para minha festa.

- Aposto que vamos nos divertir muito.

- Querida, eu e seu pai queremos falar com você. Sabe que faltam apenas quatro anos até que assuma a coroa, certo? - A olho afirmando e incentivando sua continuação - Como tradição todas as famílias comandantes dos frigus devem comparecer. Ontem a maioria chegou e nós nos reunimos para discutir algumas coisas. - Ela para de falar e dá a deixa ao meu pai.

- A verdade é que os Frigus e os Calidi estão cada vez mais separados. Nossos ideais não batem. Já ocorrem boatos de ameaças entre as famílias líderes. Nós não queremos acabar como os humanos, lutando por sermos diferentes. Apesar se tudo, todos nós somos formados pela mesma matéria e é isso o que importa. Então, como um anúncio de paz para o nosso povo e os Calidi, nós e os Reds vamos mostrar que não temos problema nenhum em nos relacionar. Então, eles chegarão de viagem hoje e ficarão aqui até sua festa. Você vai mostrar o castelo para o príncipe e a princesa e espero que vocês possam ser amigos.

Eu sabia da fama de Luke e Kirina. Nossas famílias já se encontraram em alguns eventos mas não chegamos a conversar tanto. Dizem que eles são os seres mais odiosos de toda a Colorum. Luke era o típico cafajeste, não há muito a dizer sobre. Kirina era mimada e sempre precisava de atenção. E ela conseguia por meio de pequenos problemas com a lei. Pelo que sei seu pai já teve bons ataques de nervos com ela, mas continua sendo sua protegida. Um rosto angelical que esconde muito mais que uma fase da adolescência. Ela era má.

Eu obviamente não tinha escolha e também não iria decepcionar meu pai. Minha boa educação não se deixaria abalar fácil perante aos dois.

- Claro, papai. Não se preocupe, serei a melhor anfitriã que esse castelo já conheceu. - Sorrio para ele que retribui e assim terminamos nosso café em paz.

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Amores, caso qualquer coisa fique confusa, peçam explicação nos comentários. Eu vou responder todas as dúvidas e explicar algumas coisas.

Contém erros pois ainda não foi revisado.

-A

Broken glassOnde histórias criam vida. Descubra agora