Álcool, uma boa conversa e dopamina

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Todos os direitos à autora  

Olá pessoal eu sou a Jah @Jahguuk em todas as plataformas e essa definitivamente é uma história muito importante pra mim.

Queria agradecer a Malu por ter feito essa capa maravilhosa e ao Beta por ter me ajudado, também todos que me ajudaram de alguma forma com a minha escrita.
E queria agradecer em principal a Licia por me aguentar surtando enquanto escrevia, te amo💜

Espero que gostem ;)

Ops: o Jk é mais velho que o Taehyung na história.

Aniversários?

O quê dizer sobre aniversários? Pessoas comemorando um ano a mais de vida, ou um ano a menos da sua existência nesse mundo?

Eis a questão...

Eu cresci em uma família um tanto simples; uma irmã mais velha e um irmão mais novo e, olhando para esse cenário, posso dizer que eu, entre os meus irmãos, fui o único que ganhou um bolo do mais simples, que seja de aniversário.

Isso, particularmente, por mais que eu, Kim Taehyung, nunca tenha admitido, me afetou e me magoou o mais profundamente possível, mas eu nunca demonstrei minha mágoa aos meus pais, eles sempre tiveram preocupações demais para que pudessem me dar ao luxo de ser mais uma.

Eu sempre fui taxado de diferente pela minha família, mesmo que indiretamente. Brincadeiras com o meu peso, meus dentes, meu cabelo, ou sobre a forma como eu gostava de amarrar fachas na cabeça, eram frequentes.

Eu já tinha problemas demais para uma criança tão pequena, não queria ser mais um com seus dramas sobre aniversário.

E aqui estou eu, com meus 17 anos, sentado na cama do meu quarto sozinho e chorando esperando que o dia que eu menos gosto do ano todo chegue em algumas horas, para que novamente, espere que algo de bom aconteça, mesmo que eu já tenha plena consciência de como vai ser.

Sim, sozinho. Meus pais acharam que seria uma boa ideia viajar e curtir o fim das férias sem mim, porque, segundo palavras deles, mesmo nessa época, eu sou uma péssima companhia. Mais depressivo que isso, impossível. Mas qual é, eu não sou alguém digno de pena e nem um pobre coitado ou coisa do tipo.

Onze e meia da noite é a hora que está marcando no maldito relógio da parede, o tic-tac mais angustiante da minha vida.

E, parando para analisar a minha atual situação, percebo que eu tenho sido uma vergonha por estar nessa situação e nunca fazer nada ou reagir. E isso precisa parar.

Talvez eu devesse parar de me lamentar pela droga que minha vida tem sido todo esse tempo e tentar transformar esse dia uma experiência diferente.

Já se foram 17 aniversários vazios e tristes. E é pensando nisso, que eu me levanto da cama e seco meu rosto molhado com a camisa enorme que estou vestindo -do Capitão América, diga-se de passagem.

Troco de roupa e penteio meu cabelo loiro que se encontrava completamente bagunçado, pego minhas chaves, apago as luzes e após trancar o apartamento, saio sem rumo porta a fora.

O céu está incrivelmente bonito nesta noite, sem muitas estrelas com uma lua enorme e brilhante lá em cima. Seria bonito se não fosse triste, só eu e ela dividimos essa rua agora.

Estou perambulando pelas ruas iluminadas pela lua há alguns minutos.

23:40

Essa é hora que está marcada no visor do celular, preciso sentar em algum lugar, comer e relaxar, esquecer esse dia.

18 anosOnde histórias criam vida. Descubra agora