Estação de ferro

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Enferrujados,os trilhos gritavam...

Dedos dançavam...
Pernas cruzavam...
Jornais corriam mão a mão...
os Bancos lotavam...
a Impaciência era a rainha...

O Relógio corria...
os Trilhos inquietos...
as Bengalas sapateando...
Os Guardas, pobres estátuas!

os velhos resmungavam a demora
os jovens se encaravam inquietos
e as senhoritas sacudiam o leque inconformadas

Mas daí...

os trilhos se cantavam o som que chegava
as paredes copiavam sua luz
os humanos se levantaram...
e o trem chegava...

-Finalmente!-alguns gritavam
-Que alegria!-de alguns se ouvia

mas de respente, todos mudaram
e a senhorita se sentando de novo já ria

-Eu posso esperar mais um pouco-

afinal,era melhor que ir em um trem que Squalor não recomendava...

O caso do Parafuso e outros poemas enferrujadosOnde histórias criam vida. Descubra agora