Prólogo

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      Não sei para onde estão me levando, não sou uma ameaça para eles. Nenhum de nós é uma ameaça. Eles deveriam ter medo e se protegerem dos Zirix e não dos Fliriens. Homens com suas armas potentes invadiram o nosso planeta e nos tornaram prisioneiros.
    Sinto a nave começar a parar e ouço passos, muitos passos. À porta traseira da nave abre e vejo muitos homens vestidos de preto. Eles me puxam pelo braço obrigando a andar, tento resistir mas eles me puxam com mais força. Alguém segura minhas mãos para trás e colocando um capuz preto em minha cabeça. Ótimo, agora não posso ver nada.
-Levem a garota para o laboratório 1 - diz uma voz feminina - não tenham medo dela, ela ainda não se desenvolveu completamente como Flirien, isso significa que por enquanto ela se parece como nós.
      Os homens começam andar rápido e me empurrar para frente. Como eu queria ser totalmente Fliren agora, eles iriam se arrepender de ter feito isso. Depois de um tempo andando entro no laboratório, percebo pelo chão liso. Em seguida sou jogada para frente caindo de joelhos em um chão frio. Rapidamente tiro o capuz, mas quando abro os olhos luzes ofuscam minha vista e fecho-os.
-Diminua o nível da luz - ordena uma voz masculina.
      Começo a abri-los novamente e agora posso ver melhor. Vejo um homem velho e barbudo passando a mão em sua barba grisalha e me examinando. Levanto e percebo que estou dentro de uma caixa transparente enorme. Começo bater na parede à minha frente com toda a raiva e minha força mas é inútil.
-Minha querida, você sabe que ainda não tem poderes, então seus esforços são inúteis -diz o velho barbudo.
-Quando eu sair daqui eu te mato seu velho louco - digo gritando.
-Florion vai vir nos buscar e você irá morrer - diz uma voz distante à minha direita.
    Só podia ser o James, o corajoso.Vejo raiva e ódio em seus olhos.
-Infelizmente ele não poderá vir buscar vocês, porque aconteceu um pequeno acidente com ele. Bom, esqueci de me apresentar. Sou Max, o criador das comunidades e daqui em diante elas serão as suas novas casas.
-Nunca - digo o desafiando.
     Ele olha me olha pensativo.
-Não vou te obrigar, você mesmo irá ficar por vontade própria.
-O que você quer conosco? - James indaga.
-Bom, vocês os sete escolhidos, são os seres mais poderosos do universo, por enquanto, porque nunca investigamos totalmente o universo. Se vocês são os mais poderosos, e eu quero que fiquem do meu lado.
-Por que você quer que fiquemos do seu lado? - pergunto.
-Vocês saberão, mas não irão se lembrar. - Max diz sorrindo - Traga-me o apagador de memórias, Isis.
- Sim senhor.
- Esta é minha filha. Ela me ajudou muito nesse projeto.
    Então Isis é a mulher que mandou me trazer pra cá. Vejo ela empurrar um carrinho com sete vidrinhos com um líquido verde dentro, sete bandejas, sete seringas dentro de um plástico e sete agulhas.
-Está tudo aqui pai.
-Ótimo, quando o soro fazer efeito ,todos vocês terão uma nova vida e um novo nome escolhido pela minha filha.
    Max prepara as seringas com o líquido verde e ordena sua filha trazer a equipe. Isis sai por uma porta metálica e minutos depois volta com 14 homens,vestidos de preto e 7 mulheres idênticas. Ele fala com as mulheres e elas transformam-se em criaturas estranhas. Em Morsens. São pálidas e seus olhos têm cor de âmbar.
- As aparências nem sempre são o que parecem ser - ele diz sorrindo.
      As sete mulheres vão até o carrinho e cada uma pega uma seringa. Uma mulher e dois homens seguem em minha direção. Entro em pânico, não consigo lutar com os três. Sento-me no chão e fecho os olhos, é impossível escapar. Ouço vozes dizendo que o James recebeu somente metade da dose mas outra voz responde não haver problema. Ouço passos vindo em minha direção, não quero perder minha memória.
    Sinto uma corrente elétrica passar pelo meu corpo e ouço gritos. Abro os olhos devagar e vejo um homem queimado no chão e ele não está respirando. Olho para o chão de baixo dos meus pés e estou flutuando. Será que eu me tornei uma Flirien? Será que estou completamente desenvolvida? Sinto minha nuca arder e ouço vozes dizendo que eu não posso me transformar, sinto uma dor imensa e não vejo mais nada.

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