Capítulo 3 - Perversão

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— Não fiz nada de interessante estes dias, só o de sempre. — Camus falava ao celular com Milo que estava em algum lugar do mundo e por motivo de segurança Camus nunca sabia onde era este lugar de fato.

— Eu queria estar aí com você, detesto ter que ficar longe. — Milo reclamava.

— Mas você vem sábado, não é? — Camus perguntou confirmando, não ia ter tanto trabalho à toa.

— Claro que sim, os caras maus que não me aprontem nada, sábado estarei aí. — Respondeu Milo imediatamente.

— E você vem que horas? De manhã, de tarde ou à noite? — Quis saber Camus.

— Eu vou... Ei! Espera, por que a pergunta? O que você está aprontando? Vai se livrar do Ricardão antes de eu chegar? — Milo respondeu "brincando", tinha ciúmes do seu ruivo metido a certinho, mas que só ele sabia muito bem o furacão que era.

Camus revirou os olhos antes de responder. — Estou preparando uma surpresa pra você, e não quero que chegue antes para não estragar.

— Hummm... que surpresa? — Perguntou Milo sem pensar.

— Se eu te contar vai deixar de ser surpresa. — Respondeu Camus como a coisa mais óbvia.

— Hunf! Certo, mas saiba que também tenho uma surpresa pra você. — Respondeu Milo.

Camus sorriu e curioso perguntou: — O que é?

Mas ambos riram, pois sabiam que se revelassem a tal surpresa, não teriam mais surpresas no dia do aniversário de casamento. Era noite de quarta-feira horário em que sempre se falavam quando Milo estava fora.

ooOoo

— Para onde estamos indo, Afrodite? — Perguntou Camus no banco do carona do carro do amigo.

Afrodite pegou Camus no trabalho duas horas antes do fim do expediente, fazendo o ruivo inventar uma desculpa no trabalho para que pudesse sair mais cedo.

— Não podemos deixar tudo pra amanhã, não daria tempo, e você precisa se recuperar. — Respondeu o sueco entrando numa rua e estacionando o carro em frente a um salão, ou clínica estética, Camus não conseguiu definir.

— O que a gente tá fazendo aqui? Me recuperar de quê? — O ruivo perguntou tenso.

Afrodite apenas sorriu antes de responder. — Meu querido, apenas confie em mim.

— Não, Afrodite! Claro que não! Como posso confiar em você? Olha onde você me trouxe? — Respondeu Camus tenso.

— Acalme-se, Camus! Eles atendem homens aqui e são super discretos quanto a isso, deixa comigo. Apenas confie em mim! Afinal, você me pediu ajuda e eu não sei fazer nada pela metade.

Prevendo muito mal-estar Camus acompanhou seu amigo, mas se soubesse que passaria por uma mini "sessão de tortura" jamais teria entrado naquele lugar.

ooOoo

— Bom dia, querido. — Cumprimentou Afrodite assim que Camus abriu a porta na manhã de sábado.

— Bom dia. — Respondeu Camus ainda de pijamas.

— Pelos Deuses! Ainda está assim? Que horas o Milo Chega?. — Quis saber o amigo enquanto se dirigia para o quarto do casal.

— Ele me garantiu que só chegaria no começo da noite, e pedi para que ele me ligasse para não estragar a surpresa. — Respondeu Camus seguindo o amigo.

Dite caminhou pelo quarto, as paredes com tons pastéis, cama box com uma cabeceira morna branco com bege davam um ar moderno, mas aos olhos de Dite, um tanto morno.

Presente Inesquecível IIOnde histórias criam vida. Descubra agora