Capítulo 18 - Pai

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Alice Alves

Acordo assustada com meu celular tocando insistentemente, levanto da cama pra pegar o celular e vejo que é Douglas.

O que ele quer às três horas da manhã?

Ligação On:

-Oi amor.

-Você pode vir aqui no hospital? - pergunta com uma voz de choro.

-Hospital? O que aconteceu, você tá bem? - me apavoro.

-Vem pra cá, por favor, eu preciso de você. Eu te conto quando chegar aqui.

-Tá eu estou indo.

-Tá. - fala baixinho e desliga.

Ligação Off.

Que merda aconteceu dessa vez?

Chamo um táxi enquanto tomo uma ducha rápida, eu me arrumo e coloco minha roupa branca.

-Camila, amiga eu estou saindo. - digo acordando ela.

-An? Aonde se vai? - me olha confusa.

-Pro hospital, Douglas me ligou e me quer lá... Só vou saber o que aconteceu lá quando chegar.

-Tá me liga assim que souber o que houve de fato. - diz.

Chego ao hospital já são quatro horas da manhã, entro perguntando onde Douglas está e me dizem que ele está na UTI. Quem será que está lá? Será que é a Bruna? Eu apresso meus passos mais sou parada por Adriana.

-Sai da minha frente. - falo pra ela.

-Eu disse pra ele não te ligar. - me olha com raiva. - Ele não precisa de você. – fala.

-Se não precisasse ele não teria me ligado, agora sai. - a empurro e saio.

Vaca!

-Amor! - diz ele assim que me aproximo. - Que bom que você tá aqui. - ele me abraça apertado.

-O que está acontecendo? - pergunto aflita vendo seus olhos vermelhos.

Sentamos um umas cadeiras e ele começa a contar.

-Meu pai... Luiz aquele infeliz, ele bateu da minha mãe e ela acabou rolando as escadas. - chora e me abraça de novo.

-Meu Deus! Nunca pensei que ele seria capaz disso. - digo afagando seu cabelo. - Mais como ela tá?

-Eles a induziram ao coma... Ela tá com o rosto machucado e por um milagre, ela não perdeu os movimentos das pernas, não foi encontrada nenhuma lesão. - diz cansado. - Eu sei que temos que amar nossos pais e etc.. Mais eu odeio esse homem, Alice. Eu tenho vergonha de ser filho dele. - se levanta com raiva. - Eu vou achar ele e ele vai pagar por isso. - me olha sério.

-Calma amor, sua mãe vai ficar bem. - levanto e o abraço. - Ela é forte, e sei que ficaram bem.

-Obrigado por vir aqui.

-Não precisa agradecer, eu sei que você faria o mesmo por mim.

-Licença! - nos viramos e vemos doutor Matheus com os olhos inchados de choro.

-Oi tio! - Douglas vai ao seu encontro e o abraça.

-Ela vai ficar bem. Eu falei com o doutor Jorge e ele me disse que o edema está regredido... Isso é animador em um curto espaço de tempo. - diz assim que se afasta.

-É eu espero. – responde Douglas.

-Tudo bem Alice? - pergunta Matheus.

-Sim... - sorrio de lado.

Corações EntrelaçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora