Xerife

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          Eu me sentia o corajoso, o cavaleiro, o destemido, o completamente invencível

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Eu me sentia o corajoso, o cavaleiro, o destemido, o completamente invencível. Sou um xerife dos bons, consigo capturar qualquer bandido que passe pela minha cidade. Após um dia intenso de captura de bandidos, as mulheres paravam e falavam aos suspiros: "Você é o nosso herói" e os homens vinham me abraçar, batendo uma parte da mão em minhas costas, chorando por terem sido salvos. Um bando de maricas! Chorando para outro homem ver, por isso não choro, sou homem com H maiúsculo! Até os piores ladrões possuem medo de mim, medo do meu olhar horripilante que deixa qualquer um com medo e tendo pesadelos à noite. Meu nome é Carlsson, mas pode me chamar de Carl Bruta monte.

Depois de uma noite daquelas com várias mulheres em meu quarto, pela manhã expulsei todas e vim correndo para este lugar. Com meu cavalo, uma arma em meu quadril e vestido com uma calça comprida marrom, uma blusa de mesma cor, com uma estrela enorme amarela em meu lado esquerdo, bota de couro, um chapéu e óculos escuros. Fico diante a uma das árvores do bosque. Onde moro é tudo muito seco, há muita falta de água e árvores não existem, por isso temos que nos deslocar para uma viagem de cinco horas a cavalo para a cidade vizinha, que até um bosque possui. É incrível como mesmo com uma cidade tão distante, minha fama é a mesma: Grande xerife, o mais temido.

Chamaram-me para este bosque para tentar decifrar onde uma das maiores ladras do país está escondida. Segundo relatos, está neste bosque, segundo outros relatos, a própria já morreu. Eu não quero que ela morra, pois quero eu mesmo a matar, cansei desta mulher! Cadilac é seu nome, a ladra mais esperta do país, que Deus me ajude nesta missão de hoje. Desço do cavalo e vou em direção as árvores do bosque, xecando cada uma para ver se encontro alguma pista, se a grande Cadilac passou por aqui. Depois de tanta procura, não encontrei nada! Maldita seja! Como pode uma pessoa ser tão esperta! Porém essa expertise um dia acabará, e eu irei não só matá-la, mas também queimá-la. Olho para o céu com raiva e grito: Maldita seja!
Até escutar risadinhas.

Vinha de uma árvore a metros de distância, logo me atentei a olhá-la direito, peguei em minha arma e apontei para a árvore, tentando prestar atenção em cada vento que passava por ela, em cada movimento suspeito. Depois de vários minutos parado ali, não ocorreu nada. O calor que o Sol trazia começou a me fazer transpirar tanto que tive que tirar meu chapéu preto que levava em minha cabeça. No momento em que fui tirar o chapéu, outra risada, só que agora bem mais forte, como se fosse uma gargalhada, foi quando uma onda de raiva me invadiu, quem essa mulher pensa que é para fazer isso comigo? Debochar da cara de um homem de respeito? Miro a arma para a árvore e espero pela outra gargalhada, até que ouço um barulho de tiro e caiu no chão, o tiro tinha acertado em cheio minha perna. Viro para a árvore e lá estava ela, caminhando para perto de mim, com o cabelo longo, liso, solto, sua pele branca e um vestido preto, gargalhava a cada momento, a cada passo, até chegar perto de mim, e eu não conseguir mais me mexer, e enfim fecho os olhos.

Depois de um momento desacordado, abro novamente os olhos, agora sem qualquer registro de tiro em minha perna, sem qualquer mancha de sangue, sem nada. Assustado, levanto-me e vou em direção a enorme árvore que a Cadilac tinha saído. Com medo, mas corajoso, olho ao redor da árvore e somente encontro uma pistola no chão, e ao seu lado um recado escrito no chão com a terra.

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