♡meu melhor amigo♡ (hiatus)

8

*continuação do capítulo flashback*

Depois do ocorrido eu me prontifiquei a levar Lucas a enfermaria, sentia o peso da culpa sobre tudo aquilo.
Tentei levá-lo devagar com medo de que pudesse sentir dor, mas como sua maior característica é a teimosia, o mesmo quis ir sozinho e ainda andando rápido.
O segui até a porta da enfermaria porém fui barrada pela enfermeira.

-É só ele que fica, pode ir para a sua sala.

-Por favor me deixa ficar aqui, eu quero ver como ele está.- respondi.

-Eu não posso permitir isso.

-Por favor!

-Vou chamar alguém para te levar para a sala.

-Tudo bem, eu entendi.

Encarei Lucas que estava olhando fixamente para baixo e sai andando pelo corredor.
No momento que ouvi a porta bater, virei instantaneamente e corri até o banco que ficava em frente a enfermaria, para esperar meu amigo.

Fiquei ali por longos minutos, pensando na situação e a bronca iria levar por estar ali sem motivo, até que a porta se abriu e Lucas saiu sozinho, para o meu alívio.
Ele olhou para mim e saiu caminhando pelo corredor.

-Lucas!

Ele não me respondeu, nem olhou para trás, porém eu o alcancei e continuei ao seu lado.
Andamos em silêncio já que todas as turmas estavam em aula, inclusive a nossa.

-Que aula é agora? - Ele perguntou.

-Ah...Português, eu acho...? - Respondi.

-Merda. - Ele sussurrou.

Eu senti sua mão agarrando meu pulso e sendo puxado com força, ele começou a correr me arrastando pelos corredores. Levei um susto.

-LUCAS! - Gritei.

-O Flávio vai brigar com a gente,vem logo! - Ele correu ainda mais rápido.

Subimos as escadas que levavam para o corredor da nossa sala, quase tropeçando, e então chegamos na porta.
A voz de Flávio parou de ecoar dentro da classe e ele nos observou pela abertura da porta.

Eu sempre fui uma aluna exemplar para as outras pessoas e nunca levei bronca de algum professor, por isso aquela situação me deixava nervosa.

Nosso professor abriu a porta encarando primeiramente Lucas e logo depois me encarando. Senti arrepios pelos olhares vindos de todos que estavam dentro da classe, aquela era definitivamente uma sensação horrível.

-Onde estavam? - Nosso professor perguntou ainda nos impedindo de entrar.

-Ela estava comigo na enfermaria. - Lucas respondeu enquanto eu ficava em silêncio. Eu iria chorar a qualquer momento.

O professor olhou no fundo dos meus olhos e depois se afastou um pouco para que pudéssemos entrar.
Lucas provavelmente não tinha notado que ainda estava segurando minha mão, já que entrou ainda me guiando, então apertei um pouco sua mão para que ele percebesse.
Quando ele percebeu, arregalou os olhos e a soltou.
Nos sentamos em nossos lugares e a aula continuou, mas obviamente com um clima horrível. Sentia os olhares dos meus colegas me julgando.
Eu acho que nunca fiquei tão nervosa com algo na minha vida escolar.