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Senhor Ives tinha mandado o doutor Howard ir pegar as fórmulas para deixarem trancadas no cofre, Florence teve que ir com ele já que a sua irmã e Hermes sumiram do casarão.
Florence pega uma bolsa e joga algumas coisas que talvez ela fosse precisar, como armas e munições, ela dá graças á Deus por estar usando calças, se precisasse correr ou chutar alguém ela estava preparada.

A casa do doutor Howard guardava as coisas de seu pai ficava trinta e cinco quilômetros da cidade, como ele sabia a onde era,ele que iria dirigir o carango.

O sol estava sendo coberto pelas nuvens de chuva, uma brisa fria batia nos cabelos castanhos claros de Florence.

- Senhorita está tão quieta, está tudo bem?-.

Florence sorri, mesmo com todas as coisas que elas estavam enfrentando, a garota gostava de sorrir para diminuir a tensão do cotidiano.

- Está sim, estava apenas refletindo-.

O tempo estava já escuro, as nuvens de chuva tinham tampado o sol, Florence prevê que logo,logo a chuva iria chegar, se eles não andassem rápido iriam pegar chuva no caminho.

- Refletindo sobre o quê?-.

Ele sorri sapeca, realmente o doutor Howard não parecia nenhum pouco ter vinte e nove anos, seu sorriso e olhar pareciam de um jovem garoto.

- Sobre como eu não tenho me divertido como antes-.

O sorriso do doutor se abre como se ele fosse uma criança que tinha ganho doce, Florence achava o doutor tão encantador que ela não tinha palavras para descreve-ló sempre.

- Quando minha cabeça não estiver mais a prêmio, espero que a senhorita aceite meu convite para dançar-.

As bochechas de Florence ficam tão vermelhas que seu batom era praticamente branco perto de suas bochechas, ela se ajeita no banco do carango e sorri tentando soar descomplicada.

- Seria uma honra, vi que o senhor gosta bastante de dançar-.

Ele chacoalha sua cabeleira castanha avermelhada enquanto assentia para Florence.

- Gosto muito, prefiro músicas lentas-.

Florence sorri, ela também preferia músicas lentas, era o momento ideal para saber se o seu parceiro realmente sabia dançar ou ao enganava.

- Ora, descobrimos mais coisas em comum a cada dia doutor Howard-.

Ele estala a língua, sentia que haveria uma exclamação, dos poucos dias que passou com ele, a garota já tinha notado algumas das manias do doutor Howard.

- Já disse para não me chamar de doutor, me sinto um velho-.

Florence sorri, ela já tinha se acostumado a chamá-lo de doutor ou senhor, para desacostumar seria difícil.

- Ora, me desculpe Howard-.

Ele sorri negando com a cabeça, mesmo ainda estando distante, Florence já avista o enorme casarão, que era um típico casarão da Era Vitoriana, mais eles se aproximam, mais encantada com o casarão, o jardim era bem cuidado, a casa parecia estar sendo tão bem cuidada.

- O jardim era meu lugar favorito da casa-.

Howard murmura, quando passa com o carango pelos enormes portões de ferro, Florence estava encantada, parecia uma criança no parque de diversões.
Ele para o carango na frente da casa, Florence desce logo em seguida dele pegando sua bolsa com as armas.

Eles adentram no casarão, logo em seguida aparece um casal ambos muito fofinhos, eles sorriem para o patrão.

- Boa noite Damon, preparei para vocês um lanchinho-.

Howard sorri animado.

- Obrigada Adelaide, primeiro vou procurar alguns documentos e depois vamos fazer o lanche-.

A governanta assente, Howard segura a mão de Florence que sente todo seu corpo vibrar como se estivesse em contato com alguma coisa em radiação.
Ele a guia até um pequeno escritório, o corredor da casa era cheio de retratos e pinturas de paisagem.

Florence deixa sua bolsa em cima da mesa, enquanto Howard já estava procurando as fórmulas, a chuva que mais parecia uma tempestade sem fim, caia sem trégua alguma.

Enquanto Howard fuçava nos documentos, Florence vasculhava o escritório, um pequeno retrato em cima de uma mesinha lhe chama a atenção, ela pega o pequeno retrato e o analisa.
No retrato,demostrava um homem sorridente e ainda jovem, mas o rosto era tão conhecido por ela.

- Meu pai, o famoso Julian Howard, um inventor incrível-.

Ela se vira abrupta para Damon que estava atrás dela, o mundo era tão pequeno.

- Santo Deus, seu pai que projetou minha arma-.

Ela sorri deixando o retrato de volta na mesinha, quando ela começou a ser treinada senhor Ives chamou Julian para projetar armas especialmente para as meninas.

- Percebi que era o projeto dele-.

Eles sorriem, a tempestade ainda não tinha parado e Florence odiava tempestades.

- Ele era tão gentil, fiquei muito triste com a morte dele-.

Howard se levanta com uma pasta em mãos e dá de ombros.

- Eu também, nós éramos tão amigos, aliás achei as fórmulas-.

Ele as esconde na bolsa com armas, os dois descem para tomar um lanche já que estavam morrendo de fome.

A mesa de jantar estava posta, com um lindo bolo de chocolate, sanduíches, sucos entre várias outras coisas.

- Não precisava disso Adelaide! Pelo amor de Deus, só tem duas pessoas aqui-.

A senhorinha sorri, ela era realmente uma gracinha.

- Preciso conquistar sua namorada pelo estômago-.

Ela diz fazendo Damon e Florence se engasgarem com o que estavam comendo, o casal de idosos sorriem com a nítida vergonha que os dois estavam.

- Não sou namorada dele dona Adelaide, somos apenas amigos-.

Ela sorri maliciosamente, Florence nunca tinha passado tenta vergonha na vida.

- A gente não namora inimigo querida-.

Damon se levanta limpando a boca e sorri.

- Bom, precisamos ir embora-.

Dona Adelaide, nega fazendo cara feia.

- Olha a tempestade que tá aí, vocês não vão não-.

Damon sorri e caminha até a pequena senhorinha e a abraça.

- Vai ficar tudo bem com a gente, para de ser protetora-.

Ela sorri e nega.

- Já arrumei os quartos pra vocês dois-.

Damon dá de ombros olhando para Florence que assente positivamente, seria melhor eles ficarem lá do que enfrentarem uma tempestade.

As Bonequinhas De Nova YorkOnde histórias criam vida. Descubra agora