- São dois menus 4, Taylor! - ele olhou para mim e piscou-me o olho, eu sorri e a Lucy veio por trás de mim e deu-me uma palmada no rabo.
- Então meu amor... Como estão a correr as coisas depois do ataque deles... - sorriu para mim e eu colei um papel na lista de espera.
- Melhorando... - retribui o sorriso e fechei os olhos - Estas vozes dentro de mim... Não consigo controlar... Desde o ataque que ainda não parei de ler os pensamentos das pessoas.
- Devias tirar uns dias de folga, Melanie. - pegou no prato e saiu da minha beira, pousei o queixo em cima da mão e olhei para o Taylor.
- Achas que eu devia tirar uns dias de folga? - ele olhou para mim e sorriu, pegou no hamburguer e pô-lo num prato, pousou-o em cima da bancada e pôs as mãos na minha cara.
- É óbvio que não estás bem e o Liam vai entender... Vai falar com ele... A Lucy trata do bar, está quase vazio.
Sorri e comecei a andar em direção ao gabinete do Liam. Liam é o meu chefe e é super atraente. Alto, musculado e moreno. Bati à sua porta e respirei fundo antes de entrar.
- Mel! - ele levantou-se e veio até mim - O que estás aqui a fazer?
"Que mamas... São as mamas mais perfeitas que eu já vi... Fodasse esqueço-me sempre que ela lê os meus pensamentos"
- Vim-te pedir uns dias de folga... Preciso de descansar um pouco e estes últimos dias têm sido fatais para mim. - ele encostou-se à secretária e sorriu para mim.
- Claro, vê se ficas boa.
"O que é completamente impossível"
- Liam! Para de ter esses pensamentos! Obrigada... Vou indo para casa está bem? - ele assentiu com a cabeça e eu saí do seu gabinete.
- Lucy já está na minha hora! - desapertei o avental e ela olhou para mim.
- Sim vai lá. Tem cuidado! - sorriu-me e eu vesti o meu casaco.
Peguei na minha mala e saí do bar. Apertei o meu casaco ao corpo e já tinha escurecido. Estava a meio do caminho quando me sinto a ser observada. Olho para trás e não vejo ninguém, volto a olhar para a frente e vejo um rapaz.
- Credo até me assustou! - pus a mão no peito e sorri.
- Uau tu cheiras tão bem! - ele fechou os olhos.
- Que estás para aí a dizer?
- O quê que tu és? - ele olhou para mim e abriu a boca de leve, deitou as suas presas para fora e eu arregalei os meus olhos.
- É... És um v... Vampiro? - a minha voz saía cortada com o medo.
- O que te parece? - não me deixou responder e a minha cabeça apagou-se.
**
Abri os olhos lentamento e senti um cheiro a mofo. Olhei à volta e estava tudo um pouco escuro, era um quarto com um chão de madeira cheio de pó e quadros antigos pelo chão. Eu estava sentada numa cadeira com as mãos e pés atados. A minha cabeça doía e a minha roupa estava com manchas de sangue. Ouvi a porta a abrir-se e entrou o rapaz de ontem à noite, ele ligou a luz e pude ver pela primeira vez as suas feições. Ele tinha os cabelos castanhos e os seus olhos eram verdes, a sua pele era pálida, era alto com um grande porte e uma cara bem assustadora.
- Acordaste... - ele veio até mim rapidamente e começou a fechar os olhos - Tu és uma fada... - as suas presas sairam e eu estremeci.
- O quê que queres de mim? - ele começou a rir-se e levantou-se, meteu as mãos nos bolsos e olhou para mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mordida final
Science FictionNuma nova era de evolução científica, os vampiros conseguiram deixar de ser monstros lendários para se tornarem cidadãos comuns. Essa mudança, que aconteceu do dia para a noite, deve-se a cientistas japoneses, que inventaram um sangue sintético, faz...