Capitulo I - Parte II

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                              Agatha Smith
                                   Londres

Todas as histórias lidas ou assistidas dizem que Drácula havia sido um grande monstro, mas a historia estava cheias de inverdades, a principal era, como poderiam provar que Drácula realmente era um homem? Todas as historias sempre eram regidas por homens fortes, sempre os monstros ou heróis, mas eu tinha a plena certeza de que isso era mentira, Drácula era uma mulher ou melhor Diana, e ela não era um monstro e sim uma heroína incompreendida, dando tudo até mesmo a sua própria alma para salvar seu povo e aqueles a quem ela amava, porém todo o seu esforço foi jogado fora quando aqueles que ela mais amava a traíram, aos olhos do povo ela era mais um monstro, eles não queriam saber se ela tinha se tornado o que era para salva-los apenas queriam que o incompreendido fosse aniquilado, junto de sua família.
Antes que matassem suas irmãs ela as transformou na mesma criatura que sente sede de sangue que havia se tornado, mas não o fizera para que depois elas se vingassem das pessoas que um dia foram seu povo, mas para que elas fugissem e salvassem a si mesma, mas os planos de Diana não sairão como o planejado, após ter seu corpo queimado, suas irmãs massacraram as pessoas a sua volta e isso continuou por anos, elas haviam pegado ódio dos humanos e a cada século que passava, mais delas existiam, porém para alguns era apenas mitos, já para outros que sentiram o terror em sua própria pele era mais real do que desejava.

-  Como você tem certeza de que a sua é a história verdadeira e não as que são contadas em filmes e livros ? – meu irmãozinho perguntava debaixo das cobertas

-  Eu não tenho, mas alguém tem ? – respondo sorrindo  quando escuto um barulho vindo de fora – Tem alguém ai ? – pergunto olhando pela janela, devia ser algum gato

- O que tem la fora ? – James pergunta assustado

- Era apenas um gatinho, não se preocupe – digo beijando sua cabeça – tenha bons sonhos meu amor

Saio de seu quarto pensativa com sua pergunta, talvez não existissem vampiros, ou qualquer outra criatura, mas mesmo assim eu sonhava com elas, e escrevia meus sonhos em um pequeno caderno, um dia talvez pudesse ser publicado um livro, mas talvez as pessoas não quisessem mais histórias de vampiros, porém eu iria acreditar mais em meus sonhos do que em filmes.
Me sento na minha cama e pego meu notebook, pesquiso sobre vagas de emprego, eu precisava de um emprego, não importa o que fosse, sonhos de publicar um livro não iriam pagar as contas e muito menos os remédios caros da mamãe. Eu tinha realizado o sonho de mamãe que era cursar a faculdade, porém arranjar um emprego estava sendo mais difícil do que eu esperava.
Fecho o meu notebook em frustração e vou até a cozinha para tomar um copo de água, me encosto na pia pensativa, o que iríamos fazer ? O dinheiro que papai deixou quando morreu estava quase acabando, mamãe nunca havia trabalhado, e mesmo que tivéssimos uma vida sem dificuldades antes dele morrer, muitas dividas apareceram após sua morte, até a nossa casa perdemos, mas nada disso iria me abalar, poderia demorar, mas meu irmão ainda iria dormir no seu antigo quarto.
Meu celular apita, me tirando dos meus pensamentos, minha amiga Caroline havia me mandado uma mensagem sobre uma vaga de emprego em uma biblioteca, não era muito longe de casa, porém era no turno da noite, era um novo horário que eles queriam experimentar pelo fato da vida das pessoas serem  muito corridas durante o dia, isto era perfeito para mim, durante o dia cuidaria da mamãe e de James e durante a noite trabalharia em uma biblioteca em um turno tranqüilo, e o melhor era o salário, que era muito bom para apenas uma bibliotecária, porém eu não iria ficar me questionando sobre isto, sabia que tinha uma grande chance de conseguir então mandei meu currículo de imediato. Apaguei as luzes da casa e fui para o meu quarto dormir, sabia que logo pela manhã teria muito que escrever, pois toda noite dava continuidade aos seus sonhos loucos porém sonhos que muito lhe agradava.

- Agatha, meu amor eu estive procurando você por séculos, finalmente te encontrei- dizia um lindo homem de cabelos negros e olhos da cor do céu, sua pele era branca assim como a minha e seu corpo cheio de músculos

- Quem é você ? – pergunto dando um passo para trás

- É por mim que você sempre esteve esperando - ele diz se aproximando

- Eu não te conheço – digo me afastando e quando percebo, já não existia mais chão e meu corpo estava caindo batendo contra o vento, quando ele estava prestes a bater contra o chão eu acordo.

Desta vez  não era uma história com personagens desconhecidos, eu estava nos meus sonhos, eu estaria no meu livro e estava ansiosa para o próximo capitulo.

- Agatha, a mamãe esta no chão me ajude- James gritava da sala

Corri até a sala, minha mãe caída se apoiando em James.

- Mamãe, porque a senhora saiu da cama ? – pergunto a colocando no sofá

-  Eu preciso fazer alguma coisa pela nossa família, não posso ficar deitada o tempo todo – ela diz com lagrimas nos olhos

- Mamãe a senhora já fez muito por nos, agora deixe que eu faça algo, eu já estou em busca de um emprego – digo levantando o seu rosto

-  Quando Agatha ? Minha filha, você não devia ter esse peso nas costas, você devia se concentrar em seu livro

- Não diga isso mamãe, você e James são minha prioridade – Digo abraçando James, quando meu celular toca

- Pois não ?, Sim, Sim, Claro que posso, Hoje ? Certo, muito obrigada estarei ai no horário – desligo o celular

- Quem era ? – minha mãe pergunta

- Mamãe a solução para os nossos problemas – digo dando pulinhos – Eu consegui um trabalho

- Que bom minha filha – Minha mãe diz sorridente – Onde é este trabalho ?

- É em uma biblioteca, no turno da noite não é perfeito ? – digo sorrindo

- Não é perigoso ? – minha mãe pergunta

- Não mamãe, eu sei me cuidar e eu amei a idéia

- Tudo bem, mas me prometa que irá tomar cuidado

- Eu prometo Mamãe – digo lhe dando um beijo na testa

Quando fiz essa promessa não sabia que seria a ultima promessa que faria e muito menos sabia dos perigos que ainda viriam a me assombrar, talvez tivesse feito uma promessa que seria quebrada, porém eu tentaria cumpri-la de um jeito ou de outro

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