Capítulo 1 - Reencontro

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Em uma manhã de inverno, de tal dia, de tal hora...

Izunami- Papa para onde estamos indo?

Hisashi- Nos vamos embora.

Izunami- Mas eu não quero ir embora... Quero ficar com a Mama e com o Onissan...

Hisashi- Você é boa demais para eles. Esqueça-os, vai ser melhor para nos dois.

Izunami- Mas Papa , eu não quero ir!

Hisashi- CALA BOCA! VOCÊ VAI FAZER O QUE EU MANDO E PONTO FINAL!

E nesse momento, Izunami percebeu que nunca mais veria sua mãe, seu irmão e todos seus amigos. O motivo ela ainda não sabia, mas depois descobriria que ela possuía uma individualidade rara de sua família, FLAMING BLOOB, ela lhe dava a habilidade de fazer seu sangue pegar fogo, ela tinha que manipula-lo de maneira correta e precisa, se não não teria sucesso, era o que seu pai dizia todos os dias desde seus 7 anos de idade, quando sua individualidade se ativou e o inferno começou. Ela também possuía outra individualidade, telecinese, que provavelmente vinha de sua mãe, porem seu pai mandou ela nunca usa-la pois era chata e inútil, e por medo ela o fez.

Naquela manha, ela e seu pai foram para uma cidade do interior muito longe da onde morava com sua mãe, ela treinou sucessivamente e ferozmente por anos, aprimorando e aperfeiçoando a sua individualidade raríssima. Ela foi para a escola, porem não tinha amigos, pois seu pai não permitia que ela tinha relações com ninguém ja que considerava laços uma fraqueza. Ela vivia sozinha na maior parte do dia, de manha ia para escola, passava a tarde treinando com seu pai, de noite ele sumia sem deixar vestígios e só o via quando ela ia buscar ela na escola para garantir que ela não iria a nenhum outro lugar. Todos os dias eram as mesmas coisas, porem alguns dias eram piores que os outros, os treinos exigiam muito dela, muitas vezes se machucava, mas não era motivo para descanso, varias vezes ela se queimara ou quase quebrava uma parte do corpo, mas isso era pouco comparado ao que ocorria de noite depois que o sol se retirava e a escuridão tomava conta do lugar. Seu pai era um pouco problemático, varias vezes chegava bêbado em casa no meio da noite, a fim de descontar seus fracassos na filha, e esses encontros resultavam em uma visita no hospital no dia seguinte.

Depois de 9 anos de tortura, seu pai saiu de noite e não voltou mais, ela ficou uma semana esperando, porem as autoridades receberam relatos de vizinhos alegando que uma menor fora abandonada, e de fato isso tinha acontecido. Mandaram a jovem para o outro lado do pais para viver com seu parente mais próximo, sua mãe. Inko durante anos tentou contatar a filha, porem seu ex-marido não permitia nem que elas se falassem por telefone, quando recebeu a noticia de que Hisashi tinha desaparecido e que sua amada filha voltaria para casa ela agradeceu aos céus por essa "tragedia". Agora Izunami se encontrava no aeroporto de sua cidade natal, um pouco nervosa por encontrar sua mãe e irmão depois de muito tempo. Ela queria fazer uma surpresa, então embarcou uma semana antes do previsto para a mãe, não queria esperar mais nenhum mi nuto para ser livre novamente, já que agora possuía tal liberdade, as correntes mentais que o pai pois dela ainda a perseguem, mas ela tinha certeza que logo sumiriam. Ela iria recomeçar, entrar na mesma escola do irmão, fazer amigos e conhecer pessoas novas, o pai não sabia mas ela treinava escondido sua segunda individualidade, ate tarde da noite tentando levantar livros, copos e pratos, ate que um dia conseguiu erguer a mesa da cozinha e logo depois sua própria cama, e depois que ele desapareceu, jurou que nunca mais usaria a maldita individualidade que fez com que ela sofresse durante anos e perdesse tudo que tinha.

Sejam Bem-Vindos a XXXXX

A aeromoça diz no auto falante fazendo ela voltar para a realidade. Finalmente tinha chegado. Ela pega seu casaco, sua pequena mala e caminha em direção a porta do avião, do alto ela observa, pessoas se encontrando com abraços e algumas vezes lagrimas a seus amados companheiros, tudo aprecia tão bom e calmo. Apos um cutucão na costela ela percebeu que estava trancando a fila, ela desde rapidamente as escadas e vai em direção a sala para pegar o resto das malas. Ela não tinha muitas roupas, já que seu pai não se importava muito com o que ela vestia ou deixava de vestir, porem graças a sua mada mãe que enviava um coisinha ou outra uma vez por mês e ela recebia escondido pela porta dos fundos pelo seu amigo careteiro, ela sentiria falta de seu único companheiro. Ela pega sua pequena mala preta e vai em direção a sala de espera, ela ve as pessoas sendo recebidas por amigos, famílias e amantes, queria poder sentir aqui, mas por sua escolha ela faria uma surpresa. Ja fora do aeroporto ela pede um táxi que em poucos minutos chega, a esverdeada da o endereço ao motorista que segue rumo ao destino escolhido. Para se distrair um pouco, coloca os fones e poe sua musica preferida para tocar, porem sua mente estava em outro lugar. Será eu sua mãe ficaria feliz em velá? Papai sempre dizia que sua mãe não a queria, mas ela não acreditava, porem sempre teve essa duvida. E seu irmão? Papai o chamava de inútil e uma vergonha para a família já que não tinha despertado sua individualidade, mas ela sabia que ele poderia ser um herói com ou sem individualidade.

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