♡ Capítulo 34 ♡

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Ao sentarem na grande mesa, de imediato todos começaram a se servir, como se estivessem há 3 dias sem comer. Esperei um tempo para conseguir enfim, pegar um prato. Tá que não foi exatamente eu quem pegou, mas sim Kai. Simplesmente se levantou, esticou o braço e pôs na minha frente, sem sequer se importar com o fato de eu ter continuado calada e ao menos ter agradecido.

Pude almoçar tranquilamente como há muito tempo não fazia. Rodeada dos meninos mais importantes de minha vida que estavam sempre com assuntos para conversar e rir.

Kai, diferentemente do momento da viagem até aqui, estava falando aos montes com Hoseok e Jungkook, provavelmente sobre dança ou coisa do tipo, já que os três são reconhecidos principalmente por suas habilidades na dança. Era bom vê-lo em paz, apesar de nós não estarmos bem um com o outro.

Logo após, serviram todos os tipos de sobremesa, eram tantas que se você visse não saberia por onde começar. Apesar de tudo estar aparentemente delicioso, me contentei a comer um pedaço de pudim com calda de caramelo.

Me direcionei ao meu lugar e teria até sentado, se não fosse por Kai me chamando. Fui em sua direção, um pouco afastado dos demais, sem largar meu pudim, é claro.

- A gente pode conversar? - Ele perguntou, afirmei - Ótimo. Eu… Eu queria te pedir desculpas.

Olhei firme em seus olhos - Eu sei que eu não deveria ter tido aquele ataque de ciúmes desnecessário, que deveria contar para eles que estamos juntos, mas eu não posso fazer isso assim! Eu confio neles, mas nem tudo que acontece eu posso sair falando dessa maneira. Eu não quero te expor, não porque eu tenho vergonha de você, porque pra mim você é a mulher mais maravilhosa que eu conheci. E sim porque muitas fãs vão te jogar hate, vão te massacrar e eu sei como isso é doloroso.

Ele respirou fundo e continuou - Um dia eu prometo que eu vou falar pro mundo todo, mas não será nem tão cedo. E eu espero que você possa aceitar isso e se não quiser, eu não vou ficar magoado.

Permaneci alguns segundos olhando para o seu rosto, analisando sua expressão angustiada, para enfim colocar minha mão em seu rosto - Eu que deveria lhe pedir desculpas...

- Não, Anni, eu-

- Sim, Kai. Eu fui intolerante e não entendi seu lado num momento de raiva, porque eu estava achando que você tinha… - Olhei pro chão - vergonha de mim.

- O que? - Ele riu e negou, beijando minha testa - Jamais. Nunca mais pense uma coisa dessas novamente - Ele me encarou, sério.

- E ainda joguei na sua cara uma coisa do passado, que não tem nada a ver com quem você é agora - Dei uma pausa - Eu sei que nós dois erramos e sei que eu posso ser bem orgulhosa às vezes, mas eu também sei admitir quando estou errada. Eu sei que eu estou e não quero passar um dia como esse de cara feia e triste apenas por um desentendimento.

A única coisa que ele fez mediante a tudo que eu tinha acabado de falar foi me beijar, não que eu esteja reclamando - nunca, jamais.

- Kai, alguém pode ver - Tento nos afastar mas ele não me solta.

- Não me importo, que vejam, duvido muito que alguém fale algo - Ele suspirou - Já perdemos tempo demais ficando brigados um com o outro, acho que ninguém vai se incomodar se fugirmos por um tempinho.

- Pera, como ass- KAI!

Ele começou a correr do nada e me puxou junto com ele, não tive sequer a opção de permanecer no local, já que ele tinha forças pra puxar 3 Anni's, então apenas segui o fluxo.

[…]

Voltamos para perto do grupo cerca de 30 minutos depois. Depois de termos corrido o que parecia ser 800 metros - vale lembrar que sou péssima com matemática - nós encontramos um laguinho. Permanecemos deitados à beira, trocando beijos, carícias, aproveitando a presença um do outro. Era bom estar em paz com tudo, a tranquilidade e a felicidade em uma única harmonia, como se fosse a melodia de uma música. Quando olho para trás, vejo cada momento triste que passei, e, olhando para o agora, consigo visualizar que cada choro, cada grito, cada noite sem dormir está valendo a pena. Porque quando estamos passando pelo inferno, não conseguimos ver outra coisa senão a dor, a infelicidade, o caos, a desgraça. Mas quando saímos dele, o passado fica como uma lembrança distante, como um aprendizado. E o presente é tão bom, que compensa tudo aquilo que se sucedeu. E com certeza, estar aqui perto das pessoas que amo, com o homem que amo, é uma vitória.

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