Capítulo 3

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Freya

Igor calmo é muito mais assustador que ele enfurecido, isso significa que ele está com ideias terríveis. Ele passou o café inteiro sendo um bom alfa, oque é muita surpresa já que esses assuntos administrativos quem resolve sou eu, não esta certo ele ficar assim tão sereno, é assustador, estou apavorada.
Depois do café, fomos para a sala de reuniões, que fica no segundo andar. Conforme fomos andando em direção a sala, Igor parecia um perfeito cavalheiro, estava de sorrisos para todos, ele nunca sorri, bem na maioria das vezes que ele sorri é quando esta bêbado ou conseguiu alguém que foda do jeito dele, ou pior ainda, quando ele mata.
Chegamos na sala ele abre a porta para todos possam entrar, deixei os convidados e os nossos aliados entrarem primeiro, quando ia passar Igor segura em meu braço com força e me puxa pra mais perto dele sussurrando em meu ouvido
– Eu escutei sua conversa amor, hoje você não escapa. Você é minha – ele aperta ainda mais meu braço, ele conseguiu deixar uma marca muito vermelha na minha pele negra. A maioria dos hematomas que Igor deixa, não fica tão visíveis, mas ele consegue deixar as marcas no lugar certo. Entro na sala sem conseguir disfarçar a dor em meu braço, Cristofer vê na hora que alguma coisa não esta bem, ele até tenta levantar, mas eu faço um sinal pra ele ficar lá, a reunião se inicia eliminando todas as possibilidades dele tentar falar comigo. Após algumas horas de discussão sobre preços e produtos que poderiam ser trocados entre as alcateias, Igor oferece um vinho para desestressar e conversar amenidades, um dos comerciantes pergunta a quanto tempo estamos juntos
– Eu conheço Freya desde que seus avós a trouxeram de outra vila, quando ela estava quase na maioridade nós começamos a nos conhecer – ele coloca a mão em minha coxa, e a aperta – Faz quatro anos que começamos o cortejo e a dois casamos, não é eu amor? – ele faz uma força maior sobre minha coxa
– Sim querido, irá fazer dois anos no início do inverno – faz quatro anos que ele me comprou, e dois que aconteceu o bendito "casamento", pelo menos eu não estou mais junto com as outras meninas, eu sempre fui a menosprezada por elas por ser a mais nova, bem na época, depois eu virei a preferida, até aquele fatídico dia.

“Estava cansada e com muita fome, as meninas me obrigaram a lavar todas as roupas delas e de cama, a casa toda, eu não tinha comido nada a dois dias, estou no meu limite e hoje eu tenho certeza que o Igor vai vir, eu não quero dormir com ele hoje, eu tenho certeza que não vou aguentar
– Oque você  esta fazendo aí? Vai logo limpar os estábulos aquilo esta digno da sua cor – e da uma gargalhada alta, as outras meninas acompanham, eu não aguentava mais trabalhar, meu corpo estava no limite, mas sabia que seria pior. Sempre fui a excluida, a esquesita, a bruxa por conta da minha cor, eu não tenho muitas lembrancas dos meus pais, porem minha avó fala que meu pai era um homem exemplar e que nunca achou ninguem igual a ele tanto em força quanto em carater e eu sou sua copia.
Fui em direção aos estabulo improvisado, aonde os cavalheiros deixavam os cavalos quando vinham se divertir as escondidas com as meninas. Depois de muito tempo eu tinha limpado tudo e até cuidado de alguns cavalos quando escuto muito barulho vindo lá de dentro e muitos gritos, mesmo quase desmaiando eu fui em direção a porta pra tentar ajudar elas, assim que abro a porta eu vejo Igor totalmente enfurecido quase asfixiando uma das meninas, eu corro em direção e eles e pego no braço do Igor e tento puxar
– Igor para por favor, você vai matar ela  – É isso que eu quero, matar essa vagabunda – seu hálito fedia a cerveja, eu me ajoelhei e segurei em seu rosto e o puxei pra me olhar e falei quase sem voz – Igor por favor chega de morte, chega – meu corpo começa a pesar ele imediatamente solta ela e me segura em seus braços, eu vejo tudo embaçado e meus ouvidos escuto um zumbido alto, consigo perceber a voz de Igor ao fundo falando com alguém quando tudo escurece.
Acordo em uma cama macia e quentinha, abro os olhos e vejo Igor em um canto do quarto me olhando, mal processei aonde estava quando ele fala
– Estamos casados querida, ninguém nunca vai me separar de você. Você é minha.
Sou acordada de meus devaneios pela voz de Olavo, o comerciante de luna nera
– A mais que notícia boa, o primeiro dia do inverno ira cair do dia da deusa do amor e fertilidade, que leva o seu nome, Freya – seu olhar era puro luxúria e desejo – Assim ela ira abençoar esse casamento magnífico, poderia fazer uma festa alfa Igor, para enaltecer ainda mais ela assim quem sabe voce não tenha um herdeiro, já esta na hora não acha?
Igor acha uma excelente idéia, pra ele qualquer ideia de beber ate cair e se gabar de suas caças ele adora. Ele pretende fazer uma festa memorável e convidar todos os alfas das alcateias do clã black pra poder mostrar sua mulher exótica.
Eu realmente detesto ser a única negra nesse lugar.



Desculpem o capitulo pequeno estava sem inspiração pra ele hoje, mas prometo que o próximo vai ser melhor e apresento a nossa queria e amada Freya. Comentem e votem isso ajuda muito.

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🅿︎🅰︎🆄︎🆂︎🅰︎ As lunas da alcatéiaOnde histórias criam vida. Descubra agora